Um homem de 62 anos foi preso suspeito de abusar sexualmente de cinco crianças em Paranaguá, no litoral do Paraná. A prisão aconteceu nesta quinta-feira (24), no bairro Jardim Esperança. O idoso foi preso em cumprimento a um mandado de prisão temporária.
As investigações iniciaram no ano de 2017, quando uma criança de três anos passou a demonstrar comportamento suspeito na escola. A garota esfregava suas mãos em suas partes íntimas. As professoras acharam estranho e acionaram os órgãos competentes para verificar o caso.
“Esse é o resultado de duas investigações, que aconteceram em paralelo, cada uma em datas diferentes. Cruzando as informações, conseguimos entender a lógica de atuação. A primeira notícia crime, foi em função de uma comunicação da escola. A segunda foi em função das próprias vítimas que fizeram a denúncia”, explicou a delegada Maria Nysa, do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) de Paranaguá.
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Quando o caso chegou à Polícia Civil do Paraná, foi constatado que a garota havia sofrido abusos por parte do suspeito, que é avô da vítima. No decorrer das diligências, a polícia descobriu que o homem já havia abusado de outras três pessoas da família ou próximas próximas do convívio familiar. Três mulheres, já adultas, denunciaram o suspeito por crimes sofridos no passado – quando crianças.
Diante do fato, a PCPR constatou que o homem praticava o crime desde 1984. O suspeito se aproximava com simpatia e se aproveitava da vulnerabilidade das vítimas para cometer os abusos.
“Conversando com o suspeito, percebe-se que ele procura ser uma pessoa simpática. Havia um vínculo emocional muito forte entre as vítimas e ele. Esse foi o principal motivo pelo qual ele conseguia se aproximar e, as vezes, até convencer a criança de que aquilo era um carinho”, descreveu.
O homem negou todos os crimes. Ele foi indiciado por abuso sexual de vulnerável e encontra-se preso à disposição da Justiça.
Investigação
De acordo com a delegada, esses abusos entre pessoas muito próximas podem atrapalhar as investigações. “A criança não tem um parâmetro pra saber se é um abuso ou não se ela não recebeu uma orientação. As pessoas acham que isso está errado, mas a orientação salva a vida da criança”, salientou.
Os nomes das vítimas não serão divulgados pela PC para que outras vítimas sintam segurança para fazer a denúncia. “Temos duas investigações, mas sabemos que há mais vítimas. A pessoa não precisa necessariamente vir ao Nucria de Paranaguá, caso não esteja próximo à ela. Mas pode comparecer a uma Unidade Policial e solicitar um boletim de ocorrência”, completou.