Trânsito

Era como entrar de olhos vendados no escuro”, diz motorista de caminhão após tragédia na BR-277

04 ago 2020 às 16:00

O motorista Claudio Alexandre Seroiska, que dirigia o caminhão envolvido na tragédia que deixou oito mortos na BR-277, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, prestou depoimento à Polícia Civil na manhã desta terça-feira (4). Na delegacia, ele reafirmou os problemas de visibilidade na rodovia e disse não acreditar que o acidente fosse evitável naquelas condições.

“Eu entrei como se você entrasse com os olhos vendados no escuro. Estava na faixa da direita, que é a destinada para caminhão e daí tudo isso aconteceu, não consigo mais descrever”, lamentou em entrevista coletiva após o depoimento.

Seroiska também garante que estava dentro da velocidade permitida para a via e que não passou por nenhuma sinalização da baixa visibilidade. “O tacógrafo apontou 75 km/h, então poderia ser um caminhão, um carro ou uma bicicleta naquela distância. Não tinha uma placa luminosa indicando nevoeiro ou incêndio, não tinha um batedor. Eu rodo por estradas concessionadas de São Paulo, Rio de Janeiro e muitos lugares trancam a rodovia, sendo que outros deixam um batedor indicando a diminuição da velocidade”, disse.


Acidente

O acidente gravíssimo envolvendo 22 veículos na BR-277, na região dos motéis, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, causou oito mortes. As colisões aconteceram na noite deste domingo, por volta das 22h30. Entre os veículos – um caminhão, cinco motocicletas, 15 carros e uma viatura da Polícia Militar (PM). Cerca de dez ambulâncias foram acionadas. Ao todo, foram 22 feridos no local. Neblina e um incêndio ambiental prejudicaram a visibilidade dos motoristas, causando a tragédia.

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