Segurança

Em reunião, Prefeitura de Londrina diz que "vai ouvir as forças de segurança"

26 out 2023 às 14:28

Uma reunião na Prefeitura de Londrina discutiu o reforço no patrulhamento nas escolas.


O município defende que a segurança armada nas unidades escolares não resolve o problema.


Prefeitura, Guarda Municipal (GM) e as Polícias Civil (PC) e Militar (PM), reunidas na mesma mesa. Em pauta, o tema era a discussão de medidas para a redução de crimes.


No entanto, o foco acabou sendo a segurança das escolas.


Para a PM, o trabalho é baseado nas demandas que chegam até a corporação, além do serviço de inteligência.


Segundo o Tenente-coronel Marcos Tordoro, comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM) “as ações são realizadas de maneira intensa, em todos os momentos, e direcionadas para aqueles locais, onde a demanda chega pelas pessoas e através das informações coletadas pelo Serviço de Inteligência”.


No ponto de vista da PC e GM, a segurança armada não é a solução para o problema nas escolas.


Segundo Amarantino Ribeiro, delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial de Londrina, “colocar uma pessoa armada nas escolas e pensar que esta seja a única solução? Não! Se o gestor, o professor, o prefeito, o governador, o presidente, quer colocar uma segurança armada dentro da escola, ele tem que ter outras medidas, principalmente de ouvir as pessoas, ouvir os professores, os alunos e de tratar aqueles que apresentam um distúrbio psicológico. Se a segurança armada fosse a solução de um problema, nós não teríamos assaltos a bancos no Brasil” reflete.


Pedro Ramos, secretário de Defesa Social, diz que “a presença de agentes armados, no interior de instituições de ensino, não é positiva. Falo isso enquanto educador. E, mesmo na condição de profissional de segurança pública, existem outras formas de fazer a segurança sem o agente estar lá dentro”.


Na ocasião, o prefeito Marcelo Belinati anunciou que o município está licitando a contratação de 1.100 câmeras de monitoramento - que se juntarão às duzentas já existentes nas unidades escolares.


A expectativa é de que os novos equipamentos sejam instalados já para o ano letivo 2024, assim como o início do trabalho de inspetores.


De acordo com o prefeito “todas as alternativas são válidas. Nada pode ser descartado, porque todo mundo tem o mesmo objetivo (...). O inspetor é um vigilante. Ele tem o treinamento em segurança e será treinado pelas forças de segurança para trabalhar de forma integrada (...) e trazer proteção”.


Na entrada do gabinete do prefeito, um protesto pacífico feito por pais que possuem filhos na rede municipal, pedia, principalmente, a aplicação da lei, aprovada, neste ano, e que prevê a presença da GM nas escolas.

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