Os diretores de duas clínicas psiquiátricas, investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o GAECO, podem voltar ao trabalho. A decisão é do juiz Paulo César Roldão, da Quinta Vara Criminal de Londrina, desta quarta-feira (18). O psiquiatria Paulo Fernando de Moraes Nicolau e a enfermeira Mara Lúcia Silvestre atuavam na Clínica Psiquiátrica de Londrina e na Villa Normanda, respectivamente, ambas, alvos da Operação Hipócrates.
Ambos estavam afastados das funções desde fevereiro, quando foi deflagrada a operação que investigou denúncias de irregularidades nos prontuários médicos para receber mais dinheiro do Sistema Único de Saúde, SUS. O Ministério Público chegou a pedir prazo de prorrogação do afastamento, mas foi negado pela justiça. Segundo a assessoria, tanto o médico, quanto a enfermeira decidiram não voltar ao cargo de administradores.
Além deles, outros 4 funcionários também foram beneficiados pela decisão judicial.
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Ao todo, 37 pessoas foram denunciadas, 32 delas, suspeitas de organização criminosa. Além disso, também há a suspeita de crimes como maus-tratos, cárcere privado, peculato, falsidade ideológica, estupro de vulnerável, abandono de incapaz e exercício irregular da medicina. A denúncia foi aceita pela justiça no mês passado. Durante os sete meses de afastamento dos diretores, uma nova diretoria foi composta e as clínicas CPL e Villa Normanda continuaram atendendo normalmente.
A defesa alega que a denúncia do MP foi aceita de forma parcial pela justiça, e que já foi juntado ao processo mais de 500 laudas com documentos mostrando a inconsistência nas acusações.