O corpo do cartunista Ziraldo foi enterrado no fim da tarde deste domingo (7), no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro. O criador do “O Menino Maluquinho” morreu aos 91 anos, na tarde do último sábado (6), enquanto dormia, no apartamento onde morava no bairro Lagoa.
A cerimônia de velório e o enterro foram abertos ao público. A primeira ocorreu no Museu de Arte Moderna do Rio, onde o corpo de Ziraldo ficou das 10h, às 15h30.
Ziraldo nasceu em Caratinga (MG), na região do Rio Doce, em 1932. Ele foi quem lançou a revista ''Pererê'', nos anos de 1960, primeiro gibi a cores produzido no Brasil. O cartunista deixou uma legião de fãs, esposa e três filhos.
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Resistiu à ditadura
Durante a ditadura militar no Brasil, Ziraldo foi um dos fundadores do jornal “O Pasquim”, ao lado de Jaguar, Henfil e Millôr Fernandes. Na época, quase a equipe inteira foi presa, incluindo o cartunista, detido três vezes.
Ziraldo criou, em 1980, o Menino Maluquinho, personagem que em pouco tempo virou um dos principais fenômenos da literatura infanto-juvenil do país. Com uma panela na cabeça, o personagem conquistou os livros, os cinemas e as telinhas de todo o Brasil.
Na Copa União de 1987, Ziraldo, que era flamenguista, desenhou os mascotes do futebol brasileiro. Apesar da Copa ter sido só naquele ano, os mascotes do Ziraldo viraram febre e apareceram em vários álbuns de figurinhas dos anos 1990.
Nos 70 anos de carreira, Ziraldo também fez sucesso com “Turma do Pererê” e o livro “FLICTS”. Em 2024, o cartunista ganhou uma exposição interativa no Rio de Janeiro.