Londrina
Cascavel
  • Londrina
  • Cascavel

Analista vê 'golpe popular' na Bolívia sem influências para o Brasil

11/11/19 às 07:50 - Escrito por Estadão Conteúdo
siga o Tarobá News no Google News!

O "golpe popular" pelo qual passou a Bolívia ontem terá pouca influência no Brasil ou em outros países da América Latina. A avaliação é do cientista político David Fleischer, professor emérito da Universidade de Brasília (UnB).

Segundo Fleischer, a "ânsia de poder" do ex-presidente Evo Morales, que buscava um quarto mandato, o fez ignorar a vontade da população, que, em um referendo, havia votado contra a candidatura do líder indígena.

Não entendo que esses protestos ou que essa renúncia possam ter influências no Brasil e em outros países da América Latina", afirmou Fleischer, dizendo que nações como Equador ou Chile, que passaram por protestos recentes, vivem processos e realidades particulares. "No Brasil, não creio que passaremos de declarações do ex-presidente Lula lamentando."

Leia mais:

Imagem de destaque
ACIDENTE

Navio bate contra ponte que colapsa e cai com vários veículos nos Estados Unidos

Imagem de destaque
DIA MUNDIAL DA ÁGUA

Itaipu leva discussão sobre gestão compartilhada da água para conferência da ONU

Imagem de destaque
FIM DA FESTA

Maior fornecedor de armas e drogas para o Comando Vermelho, é preso em bordel no Paraguai

Josué da Cunha
INTERNACIONAL

Paranaense na Flórida, mostra cenário de destruição durante passagem do Furacão Ian

Segundo Fleischer, mobilizações a favor de Evo no Brasil seriam lideradas por Lula, que enfrenta resistência em grande parte da população. "Onde ele vai, há gente contra", disse, destacando que o ex-presidente pode reforçar o cenário de radicalização política no Brasil.

O analista afirmou ainda que as Forças Armadas do Brasil e o Itamaraty seguramente acompanham atentamente a situação, estão preparados para os desdobramentos e ressaltou que a queda de Evo é favorável ao governo do presidente Jair Bolsonaro, assim como enfraquece a esquerda ligada a Lula, que busca construir uma aliança na região.

Para Fleischer, a insistência de Evo em se manter no poder fez com que seu grupo não tivesse uma liderança renovadora. "Não há uma liderança em ascensão em seu partido. A enorme crise política o fez sofrer um golpe popular, já que até mesmo os militares e a polícia estavam frustrados e pediam sua saída", disse. Com a renúncia também do vice-presidente, dos presidentes do Senado e da Câmara, Fleischer entende que a situação abre caminho para o segundo colocado na eleição, o ex-presidente Carlos Mesa, após um governo transitório.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Notícias relacionadas

© Copyright 2023 Grupo Tarobá