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Dia no Parquinho, América x França

30/08/17 às 16:32 - Escrito por Sou Chef
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Ontem levei a Fer ao parquinho e fiquei observando como somos todos diferentes.

Começando pelas crianças: tem as pequenas que são quietinhas, e as arrojadas. As grandes que cuidam dos menores, e aquelas que saem atropelando o que tem pela frente.

Mas diferentes mesmo são os cuidadores dessas crianças (e aqui pode ser mãe, pai, tios, avós, babás, o que for....)

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Tem uns que não desgrudam os olhos do celular (mas essas pessoas estão em todos os lugares, né? Kkk)

Tem os que ficam de olho de longe... e os que fazem questão de estar perto.

Os que mais me preocupam são aqueles que tentam “mandar” em como a criança vai brincar. Que tédio!!! Veja bem, é diferente você falar pra uma criança: cuidado, não passa na frente do balanço que você pode se machucar. De falar: agora vai no balanço. Agora escorrega. IssooO!!! Agora vem aqui nesse tubo! Nãoooo! Não desce ai não, vem aqui nesse outro lado.

POOOOOXA! A criança tá ali pra aprender! Tá ali pra tomar decisões, pra entender como funciona cada brinquedo, como é o convívio com outras crianças que tem vontades diferentes.

Deixa a criançada livre! Deixa sujar a roupa! Deixa lutar pelos eu espaço nos brinquedos.

É tão simples, mas dar essa autonomia pra criança já é dizer que você confia nas decisões dela.

Essa é uma cultura americana, de estar encima o tempo todo e ditando, ou pelo menos narrando as brincadeiras dos filhos.

Na França não é assim não! É o que diz o livro “Crianças francesas não fazem manha”. A autora, Pamela Druckerman diz que parquinho lá é coisa de criança. Esse momento acaba sendo de LAZER também para as mães, que ficam sentadas ao redor, porque é o momento em que elas desligam da vida pra conversar com amigas sobre vários assuntos, principalmente os que não envolvem os filhos.

Se puder leia! Custa cerca de 20 reais, e é fácil de achar. É muuuuuito legal, tem uma leitura fácil, solta, e foi escrito por uma mãe norte americana que casou com um francês e teve os filhos por lá.

Ela mostra como as culturas são diferentes, e porque as crianças francesas são tão calmas e educadas em relação as outras.

O princípio básico da educação francesa é de que a criança pode fazer tudo, dentro de um determinado limite. Deu pra entender? Um exemplo: pode revirar os brinquedos, os livros, a massinha, as canetinhas, desde que seja dentro do próprio quarto.

Segundo a autora, você não encontra brinquedos na sala de um francês. Cada coisa acontece no seu lugar, e as crianças sabem disso desde sempre.

Claro que eu não concordei com tudo que ela fala no livro, as vezes a criação me parece um pouco severa, mas amei essas dicas:

- Dizer o máximo possível de SIM para as crianças. E isso implica que ela deve te pedir para fazer a maioria das coisas. Porque aí o NÃO para de ser visto como birra e passa a ser visto como limite.

- Utilizar aquela regrinha do “Vou contar até 3 para você fazer/parar de fazer isso”. Esses segundos que você demora para contar é o tempo que a criança tem para raciocinar sobre a própria atitude.

Outras diferenças muito grandes citadas no livro são em relação a alimentação, a escola, e ao dormir.

No próximo post falo sobre o sono das crianças francesas e a minha dificuldade de tirar a Fer da minha cama. Aliás, ela está dormindo aqui do meu lado enquanto escrevo.

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