É mais uma daquelas doenças mais comuns do que se imagina. Detalhe, transmitida por mosquitos. Entre eles, o Aedes Aegypti. Aquele mesmo que transmite também dengue, zika e chikungunya.
Estudos feitos em 2013 e 2014 teriam constatado que, de cada 4 cães, 1 tinha a doença chamada Dirofilariose.
Ela é causada por um parasita, o Dirofilaria Immitis. Esse verme pertence à mesma classe das lombrigas. Até se parece muito com elas, podendo chegar a 30 cm de comprimento. Pode afetar cães, gatos e também os furões.
O Dirofilaria Immitis passa a vida adulta no lado direito do coração e dos grandes vasos sanguíneos que ligam o coração e os pulmões. Podendo sobreviver no coração do seu pet por até 5, 7 anos.
Transmissão
Primeiro, o mosquito pica um animal que tem o parasita. Depois, ao picar um outro animal sadio, transmite a doença. Bem semelhante com a transmissão da dengue, né? Mas, a semelhança termina aí. Cerca de 90 dias depois que o parasita entra no organismo, ele vai se desenvolvendo e se multiplicando até se instalar no coração.
Sintomas
O complicado é que é uma daquelas doenças silenciosas. A maioria dos animais só apresenta sinais clínicos quando a doença está muito avançada.
Alguns podem ter perda de apetite, perda de peso e apatia. Normalmente, o que chama a atenção é a tosse. No entanto, a tosse também pode ser sintoma de outras doenças.
Quando o número de vermes aumenta muito, é comum o pet apresentar cansaço e falta de resistência a exercícios. Há casos de acúmulo de líquido no abdômen (ascite, popularmente chamada de barriga d’água).
A doença pode evoluir e causar insuficiência cardíaca, o que pode levar à morte.
Diagnóstico
Como a doença não costuma apresentar sintomas clínicos e físicos, o diagnóstico pode ser feito através de exames de sangue ou exames sorológicos.
Tratamento
Existe tratamento para exterminar os vermes adultos, chamado de tratamento adulticida, e/ou das microfilárias, o tratamento microfilaricida. Mas, normalmente, o tratamento é longo, caro, com injeções e medicação oral. É preciso ter acompanhamento médico veterinário também.
Os veterinários ressaltam ainda o risco, já que envolve a morte de parasitas adultos instalados no coração e pulmões.
Prevenção
Existe prevenção! A primeira delas é evitar os criadouros dos mosquitos, como o Aedes.
Depois, é possível prevenir através do uso de vermífugos. No entanto, o medicamento teria que ser administrado mensalmente.
Existem ainda medicamentos preventivos e que agem por 12 meses.
Zoonose
O verme do coração é uma daquelas doenças que podem ser transmitidas também para humanos. No entanto, são poucos relatos de que ela tenha se desenvolvido. Normalmente, o parasita se aloja em algum órgão, como o pulmão, formando nódulos que podem até ser confundidos com tumores.