Política

“Espaços babá” clandestinos prestam serviços na pandemia

06 jan 2021 às 10:04

A Pandemia do novo coronavírus potencializou uma modalidade de atendimento infantil em Londrina e outras cidades do país. São os “Espaço babá” clandestinos. A denúncia foi feita por representantes de escolas particulares que acusam essas unidades de não terem alvará de funcionamento e muito menos a estrutura adequada e prevista em lei para atender os alunos.  

A gestora de uma escola regularizada e membro da comissão que discute a volta às aulas com a prefeitura, Naiani Marques Matchula disse em entrevista ao jornal Tarobá FM desta quarta-feira (06), que estes espaços estão provocando uma concorrência desleal com as regulares impedidas de funcionar por conta dos decretos municipais e estaduais.  

Na maioria das vezes, esses “espaços” funcionam em casas comuns de família ou apartamentos, geridos por pessoas que não têm formação específica ou mesmo experiência para educar crianças na faixa etária de zero a seis anos.

Os espaços Babá aproveitaram o “desespero” de pais que não tem onde deixar seus filhos por conta da suspensão das aulas nas escolas infantis e centros de educação infantil (creches) regulares, e oferecem o serviço sem qualquer regulamentação.

Naiani disse que as escolhas regulares são obrigadas a cumprir mais de 50 obrigações com instituições públicas como: corpo de bombeiros, vigilância sanitária, secretaria de educação, etc o que gera custos elevados. Como essas “instituições” não são regulares não estão submetidas à fiscalização e tributos.

Segundo Matchula, esses espaços estão divulgando serviços nas redes sociais cobrando de R$350 a R$400 por criança inclusive oferecendo até transporte no pacote. O fato já é de conhecimento da prefeitura de Londrina, mas o município não poderia entrar nessas casas por serem propriedades privadas. “Entreguei pessoalmente ao prefeito Marcelo Belinati PP que não tinha conhecimento dos clandestinos” - disse ela.

Um grupo de gestores de escolas particulares e mães de alunos vai realizar um protesto nesta quarta-feira na prefeitura de Londrina pedindo a volta as aulas presenciais com protocolo de segurança, distanciamento social e reforçar a denúncia ao município.

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