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Prejuízo no agronegócio gaúcho deve passar de R$ 500 milhões

07/05/24 às 16:37 - Escrito por Redação Tarobá News
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As chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul desde o fim de abril e causaram enchentes e rompimento de barragens deve gerar um prejuízo superior a R$ 500 milhões apenas no agronegócio, segundo levantamento preliminar da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Somente na agricultura, as perdas são de R$ 423,8 milhões, e na pecuária, de R$ 83 milhões.


O Rio Grande do Sul é um dos principais produtores de vários itens agropecuários. As lavouras do estado ficaram completamente destruídas em várias regiões, algumas em fase de colheita, e os rebanhos bovino e suínos estão ilhados ou foram perdidos.


Produção de carnes, ovos e leite

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Os 265 municípios que estão em calamidade pública, de acordo com a Defesa Civil do Estado, concentram 7%, 8% e 3% do rebanho de galináceos, suínos e bovinos do Brasil, respectivamente. Em números, são 113,4 milhões de aves, 3,41 milhões de suínos e 6,49 milhões de bovinos. No estado, ainda são produzidas 285,38 milhões de dúzias de ovos. 


Segundo levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), sete indústrias frigoríficas paralisaram totalmente as suas atividades devido ás chuvas. No estado, há 112 frigoríficos de aves e suínos. 


O Rio Grande do Sul produz, diariamente, 11 milhões de litros de leite, de acordo com informações do Sindilat/RS. Desse percentual, 40% do leite produzido (4,4 milhões de litros) estão com a entrega comprometida pelas indústrias, pois não há estradas para chegar até as fazendas leiteiras.


Lavouras de grãos


A relevância do Rio Grande do Sul na produção nacional de soja e derivados é considerável. Hoje, o estado é o 2º maior produtor de soja do Brasil, com cerca de 20 milhões de toneladas (15% da produção nacional) e é o 3º exportador de soja em grão. O estado também é o terceiro maior processador de soja, com 31,18 mil toneladas por dia e é responsável pela exportação de 15% de farelo de soja e 18% de óleo de soja.


Até o início das chuvas, na semana passada, o estado havia colhido cerca de 85% da safra de soja. As lavouras que ainda não foram colhidas foram praticamente perdidas, devido a inundação das áreas. 


O milho também é outro importante cereal produzido no Estado, que é responsável por 18% da produção nacional. A colheita também estava em fase final. Segundo informações da Emater/RS, os municípios afetados pelas enchentes representam cerca de 48% da produção gaúcha e por isso, as perdas nas lavouras de milho serão menores, estimada entre 500 e 700 mil toneladas. A instituição está contabilizando, porém, os prejuízos em armazéns e silos, que estocam o produto para a indústria de rações, granjas de aves e de suínos.


Outro destaque da produção gaúcha de expressão na produção nacional é o cultivo do trigo no inverno. Embora a safra brasileira está com plantio em andamento, o estado ainda não havia iniciado o plantio. Um relatório da Agrifatto consultoria aponta que os municípios afetados pelas chuvas representam 24% da produção nacional e 47% da produção do estado.


O impacto das chuvas na safra de arroz será refletido diretamente na inflação ao consumidor brasileiro nas próximas semanas. O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional do cereal sendo responsável por mais de 75% da produção nacional. Os municípios afetados respondem por 59% da produção gaúcha e 42% da produção nacional conforme o levantamento do IBGE.


Aveia, cevada, fumo e outros


Aveia: cultivo de inverno que pode ter impacto negativo em redução da área plantada, com os municípios afetados representado 33% da produção nacional e 47% da estadual. 


Cevada: os municípios afetados representam 47% da produção estadual e 17% da produção nacional. 


Fumo: os municípios afetados representando 32% da produção nacional e 73% da produção estadual. 

Os municípios afetados têm grande representação na produção estadual de alho (42%), batata doce (56%), batata inglesa (51%), cebola (63%), melancia (62%), melão (64%), tomate (73%), mandioca (60), amendoim (58%), girassol (41%), sorgo (45%) e cana-de-açúcar (63%).

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