Uma série de ações implementadas pela Prefeitura na Secretaria Municipal de Fazenda (SMF) repercutiu em um aumento de 76% no número de empresas cadastradas na cidade, bem como redução do prazo médio para análise de alvarás e nas solicitações pendentes de análise. Em 2016, o Cadastro Mobiliário de Contribuintes (CMC) contabilizava 46.143 registros empresas, e em 2023 já são 81.260.

No mesmo período, o prazo médio para análise dos alvarás de funcionamento caiu de 63 para 22 dias. Sendo que esse prazo médio atual, de 22 dias, envolve uma parcela dos pedidos, já que a grande parte possui dispensa ou emissão automática. Em 2016, todas as análises eram exclusivamente manuais.

Esses e outros avanços foram apresentados em reunião na tarde de terça-feira (28), que contou com a participação do secretário municipal de Fazenda, João Carlos Perez, juntamente com diretores e servidores da pasta; o presidente do Sindicato das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e de Serviços Contábeis de Londrina e Região (SESCAP-LDR), Euclides Nandes Correia, o vereador Eduardo Tominaga e o 2° diretor secretário da Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL), Luiz Carlos Euzébio.

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Entre as principais medidas aplicadas pelo Município, foram destacados o Programa de Desburocratização Agiliza Londrina, criado em 2017 e que diagnosticou e mapeou os processos dos diversos setores, com o intuito de identificar gargalos e propor soluções.

Essa revisão dos critérios e procedimentos resultou em mudanças na legislação. Como o decreto n° 1.416/2019, sobre a emissão do Alvará de Licença. O texto prevê a emissão de Alvará automática para as atividades econômicas classificadas como Baixo Risco e Alvará Provisório para as atividades de Médio Risco.

O processo de solicitação dos alvarás passou a ser virtual, com tramitação on-line no Sistema Eletrônico de Informações (SEI), e uma força tarefa foi criada para agilizar a análise e expedição dos documentos. Além disso, as regras da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim) foram implementadas no Cadastro Mobiliário, para integrar e viabilizar a resposta automática das Consultas Prévias, a criação automática dos cadastros no CMC e a expedição automática dos alvarás.

Já em 2020, novo decreto municipal dispensou os Microempreendedores Individuais (MEI) da obrigatoriedade do alvará, e também dispensou do Licenciamento Sanitário as atividades consideradas de Baixo Risco para a Vigilância Sanitária.

Essas e outras ações importantes fizeram com que o número de alvarás em estoque, ou seja, com análise pendente, reduzissem de 10.208, no ano de 2016, para 2.277 em 2022. Como comparativo, o número de novas solicitações em 2016 foi de 6.101, contra 17.647 no ano de 2022.

Só a emissão automática ou dispensa dos alvarás beneficiou 50,4% das 14.126 empresas que ingressaram no Cadastro Mobiliário em 2022. E este ano, até o dia 27 de março, outras 7604 empresas ingressaram no CMC, e destas, 67,30% não tiveram necessidade de intervenção humana.

Também foi apontado pelos técnicos da Secretaria Municipal de Fazenda (SMF) a necessidade de qualificação dos protocolos, para evitar o grande número de indeferimentos, que atualmente representa 55,90% das solicitações.

Além disso, a Prefeitura planeja melhorar ainda mais a automação dos seus processos internos. Para isso, estão sendo avaliadas e testadas outras medidas, dentre elas a emissão automática para os casos de abertura de atividades econômicas de Médio Risco, tendo como forma de atuação as que são exercidas e não exercidas no local. Também está em fase de estudos a emissão automática para os casos dos eventos de alteração de atividades, sócios e de endereço dentro do município.