Ciência e saúde

AME: família paranaense tem processo negado antes de apresentar novas provas

18 fev 2021 às 07:27

A família de Vinicius de Brito Samsel, de Engenheiro Beltrão no Paraná, luta contra o tempo para conseguir o remédio mais caro do mundo e pede ajuda da Justiça. O menino que tem apenas 1 ano e 1 mês de vida foi diagnosticado com Atrofia Muscular Espinhal (AME), tipo 1, o grau mais severo, que prejudica todos os músculos, a capacidade respiratória e também a ingestão de alimentos.

Os pais Rayane de Brito Pereira e Welton Doulgas Samsel pedem ajuda para que a justiça colabore com o pequeno, pois a família entrou com um processo em agosto em Campo Mourão e no mesmo mês a liminar do pedido para conseguir o medicamento foi negada.

Em seguida, o advogado recorreu para Curitiba, onde o processo está parado desde o dia 04 de novembro, sem nenhuma resposta há mais de três meses.

Já no processo principal, a decepção é ainda maior. A família do pequeno Vini poderia apresentar quais provam queriam produzir, foi então solicitado em dezembro a realização da perícia médica, além de pedir para que fossem utilizada provas produzidas em processos semelhantes e a apresentação de laudo médico detalhado e atualizado da médica e fisioterapeuta que acompanhavam o caso da pequena Antonella, portadora de AME e moradora de Santa Catarina, que após algum tempo conseguiu a medicação.

Na expectativa do julgamento, no dia 22 de janeiro deste ano o juiz federal, que ainda não tinha participado do caso, julgou o processo de forma prematura, alegando que já estava pronto para ser julgado, deixando de lado todas as provas solicitadas e argumentando que não foi comprovada a eficácia da medicação. No entanto, o advogado do pequeno Vini apresentou sua resposta às defesas dos órgãos públicos com mais de 25 documentos.

O próximo passo no processo judicial é um novo recurso que será protocolado pelos advogados, enquanto todos seguem com esperanças de que o Super Vini conseguirá ter garantidos os seus direitos constitucionais, como tem acontecido com outras crianças pelo país, lembrando que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...”.

Sem a certeza de que conseguirão apoio judicial, familiares e amigos realizam campanhas online para conseguir levantar o dinheiro necessário para a compra do medicamento, mas cobram uma resposta das autoridades. “Queremos pedir novamente que não soltem a mãozinha do nosso filho, se você já viu alguma publicação do Vinícius e por um momento pensou em ajudar, não deixe para amanhã. Quem tem AME tem pressa”.


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