Ciência e saúde

Anvisa pode aprovar uso do autoteste de Covid-19 no Brasil

18 jan 2022 às 21:02

A expectativa é de que até esta quarta-feira (19), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dê um parecer sobre a liberação do autoteste de Covid-19 no Brasil. Em países como Estados unidos, Canadá e Reino Unido, já são utilizados.

O Ministério da Saúde enviou no dia 13 de janeiro uma nota técnica à Anvisa defendendo a aprovação da liberação da oferta comercial de testes de covid-19 que possam ser aplicados autonomamente pelas próprias pessoas, ou os “autotestes”.

No documento, o ministério argumenta que o uso dos autotestes seria uma estratégia complementar ao plano de testagem adotado durante a pandemia. Essa medida permitiria a ampliação do número de testes.

De acordo com o médico epidemiologista de Londrina, Flavio Muzzi, existem prós e contras neste tipo de testagem. Segundo ele, a oferta de mais exames permitiria mais agilidade na identificação de casos de infecção pelo coronavírus e a adoção das providências recomendadas, especialmente o isolamento para combater a circulação do vírus.

“Os prós é que podem contribuir com diagnóstico mais rápido em um momento que temos dificuldade de acesso aos serviços de saúde pela quantidade de pessoas procurando ao mesmo tempo. Isso pode agilizar”, disse o médico.

Em compensação, a questão da subnotificação aumentaria bastante no país. “O problema é que em um sistema de saúde como o nosso, que é baseado na vigilância e assistência à saúde que tem que fazer notificação para acompanhar, a gente vai ficar com uma dificuldade se não houver uma orientação muito bem detalhada em relação a isso”, afirmou.

Até o momento, o entrave para o autoteste é uma normativa de 2015 da Anvisa. A regra exige que os resultados de doenças contagiosas e de notificação compulsória sejam coletados por profissional especializado, como é o caso da Covid-19.

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