Ciência e saúde

'O decreto não é recomendativo, mas determinativo', diz Beto Preto

04 jul 2020 às 17:03

“Londrina não é uma ilha”, foi assim que o Secretário de Estadual de Saúde, Beto Preto se dirigiu a Londrina quando mencionou um Estudo do Ipardes, o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. Segundo o órgão, em oito dias, o Paraná pode chegar a 53 mil casos de Covid-19, sendo assim, o município não escaparia dos reflexos do aumento de testes positivos.

“Londrina não vai ficar fora disso. Londrina não é uma ilha. É uma cidade importante, é o segundo município do Paraná, sede da macrorregião norte”.

Até por agregar tantos serviços, empresas, comércios e pessoas, Londrina viu o número de casos do novo coronavírus aumentar no último mês quando houve intensificação da testagem na cidade. Mais de 1390 pessoas já foram testadas positivo para Covid-19. A cidade registra 85 mortes, duas confirmadas no último boletim desta sexta-feira (03). “Londrina tem uma das maiores mortalidades do Paraná. Então, nesse momento se faz necessário que se cumpra (o decreto que suspendeu as atividades econômicas consideradas não essenciais) e essa foi a nossa orientação com a notificação a todos os 134 prefeitos”, alertou o secretário estadual.

Beto Preto informou também, que diferente dos outros decretos, este último, publicado na última terça-feira (30) “não é recomendativo, mas determinativo”. “Nós notificamos pra que houvesse a quarentena restritiva. Londrina e os município devem cumprir pela necessidade que temos de diminuir a ascendência da curva de contágio”, diz Beto Preto.

O índice foi montado, de acordo com o secretário, levando em conta três fatores: o número de leitos que a cidade possui, a taxa de mortalidade por Covid-19 e o número de casos. “Primeiro, em Londrina, nós temos uma quantidade bem maior que a média de mortalidade por Covid-19 no Paraná. Em segundo lugar, quero citar que no dia 25 de junho houve uma reunião do Coesp (Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública), com técnicos, médicos, onde foi indicada a necessidade de medidas mais restritivas. Então, com muito respeito, não é o momento de ficar dizendo ‘vamos fazer, ou não vamos fazer’. (...) Medidas administrativas e recursos administrativos caem devido a notificação que nós fizemos aos prefeitos. E eu reitero a legitimidade que os prefeitos tem de tomar suas decisões”, finaliza Beto Preto.

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