Ciência e saúde

Secretário de saúde comenta futuro dos médicos cubanos que atuam em Londrina

16 nov 2018 às 10:38

As declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), desde a campanha, sobre os cubanos do "Mais Médicos" devem levar o país a sair do programa. A prefeitura de Londrina espera que o Ministério da Saúde substitua os profissionais por brasileiros e continue arcando com os salários. Aqui no município, dez profissionais cubanos trabalham no programa federal. 

Recentemente o governo de Cuba anunciou a saída do programa por não concordar com as condições impostas por Bolsonaro. A previsão é que os profissionais deixem o brasil até 31 de dezembro. Em Londrina, por enquanto, eles continuam atuando normalmente. Todos os médicos cubanos trabalham no Programa saúde da Familia. Nas unidades Aquiles Stenguel, Maria Cecília, Chefe Newton, Jardim do Sol, Vila Fraternidade, Panissa, distrito de Paiquerê, Marabá, Vila Casoni e Vivi Xavier. 

Ao todo são 74 equipes do Saúde da Família no município, que já trabalham no limite. Perder 10 profissionais poderia comprometer ainda mais o atendimento de parte da população londrinense. 

Em todo país o programa mais médicos oferece pouco mais de 18 mil vagas, sendo que duas mil estão em aberto. Das 16 mil que sobram, mais da metade, cerca de 8.300 são ocupadas por profissionais cubanos. Como trabalham para um programa custeado pelo governo federal, o salário dos médicos cubanos é pago pela ministério da saúde. Mas o municipio arca com um auxilio moradia, cerca de mil e quinhentos reais.

(Reportagem: Larissa Trevisan)

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