Ciência e saúde

Segundo chefe da 17ª RS, é preciso atingir 95% de pessoas vacinadas para conter o vírus

26 jan 2022 às 21:12

Com o avanço da variante ômicron e o aumento do número de casos da Covid-19 no Brasil, especialistas afirmam que a vacinação é fundamental para diminuir o contágio. Em Londrina, os números são elevados, principalmente, após as festas do final de 2021. O cenário é preocupante e hospitais de referência no atendimento a síndromes respiratórias, como o Hospital Universitário, têm reativado leitos para atender a demanda.

Segundo a chefe da 17ª Regional da Saúde, Maria Lúcia Lopes, ainda não se conhece o comportamento da variante ômicron, mas o que definirá a queda do contágio é o número de pessoas vacinadas. “Por que as variantes não saíram ainda da nossa vida? Porque nós não temos ainda 95% das pessoas totalmente vacinadas, inclusive as crianças. Só vamos conseguir sair da pandemia quando impedirmos a entrada do vírus no nosso cotidiano. Enquanto isso, ele vai se transformando, fazendo metamorfose e criando novas variantes”, explicou.

A perspectiva, de acordo com Maria Lúcia, é de que após esse aumento do número de casos, haja uma redução gradativa. “Neste momento, temos casos mais leves e muitas pessoas assintomáticas, que estão sendo tratadas em casa e com afastamento do trabalho. Isso é um grande problema, porque esse afastamento se dá em todas as áreas, inclusive na da Saúde. Temos hoje serviços de saúde, hospitais de alta complexidade ou servidores municipais com uma defasagem em torno de 30%, e isso é um número significativo que acaba reduzindo a oferta de serviços e a agilidade em várias questões, como na da vacinação”, afirmou.

Em Londrina, a procura de adultos pela vacinação tem aumentado em 2022, com o aumento dos casos. “No final do ano passado, nós ficamos enlouquecidos, porque as segundas e terceiras doses vieram e as pessoas não foram se vacinar. As vacinas, depois de descongeladas, tem um prazo de 30 dias, então foi trabalhoso fazer um remanejamento de doses entre os municípios para não perdermos. Essa população adulta que não procurou no final do ano, tem procurado insistentemente agora. As doses dos municípios têm terminado rapidamente”, disse Maria Lúcia.

Em relação à vacinação das crianças, a adesão é bastante baixa. “Precisamos vacinar nossas crianças. Só desta forma nós conseguiremos atingir os 95% de cobertura vacinal que todos nós precisamos para a gente poder trocar de assunto e poder viver outras coisas que não sejam máscaras, restrições e perdas”, afirmou a chefe da 17ª RS.

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