Ontem nós começamos no Jornal Tarobá, uma série de reportagens sobre a Geração Alfa, a primeira que nasceu 100% digital. Nosso objetivo é fazer as famílias refletirem sobre como lidar com essas crianças extremamente conectadas com a tecnologia e, as vezes, desconectadas da realidade. Quando esse contato com o celular e os demais aparelhos se torna prejudicial e como equilibrar online e offline? Vamos conferir na segunda reportagem da série.
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Gerações completamente distantes num momento raro: uma roda de conversa com chimarrão no parque. Tá cada vez mais difícil propor esse tipo de passeio com as crianças e adolescentes, né? Muitas vezes acontecem cenas como esta: os idosos e adultos aproveitando o mundo real e criança ali fechado no universo virtual. O Daniel, de 12 anos, precisa de umas broncas para se desconectar do aparelho.
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O avô dele, seu Ari, de 71 anos, teve uma infância e uma adolescência muito, mas muito diferentes das que os 9 netos estão tendo agora. Fica difícil lidar com esse contraste. E isso acontece cada vez mais cedo: o Alexandre se impressiona com o que a filha dele de dois aninhos sabe fazer no celular.
E o que fazer para que esse inevitável contato com a tecnologia não seja prejudicial ao ponto de comprometer as relações sociais e o desenvolvimento emocional dessa geração Esta psicóloga que também tem dois filhos faz a gente refletir sobre o exemplo que nós adultos temos dado.
Basta ver como o Alexandre e a filha se divertem quando essa diversão não tem nada de tecnológica. Do contrário, se os momentos assim forem ficando escassos, a dificuldade de aprendizagem e as travas emocionais vão aparecer no futuro.
O segredo não é nada misterioso e complexo: basta ter equilíbrio. E voltar para boa e velha brincadeira, que quando bem conduzida, não dá nem vontade de ir embora.