A deflação de novembro, conforme medição feita pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), só não foi maior porque os preços dos alimentos ficaram mais caros, ainda que tenham arrefecido na comparação com outubro. O IPCA de novembro teve queda de 0,21%, como informou nesta sexta-feira, 7, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O grupo Alimentação e Bebidas registrou alta de 0,39% em novembro, maior impacto positivo no índice cheio, com 0,10 ponto porcentual (p.p.). Em outubro, a alta havia sido de 0,59%.
Em novembro, os alimentos para consumo no domicílio subiram 0,34%. "Alguns itens ficaram mais caros de um mês para o outro, a exemplo da cebola (24,45%), do tomate (22,25%), da batata-inglesa (14,69%) e das hortaliças (4,43%). Por outro lado, o leite longa vida manteve a trajetória de queda dos últimos meses, variando -7,52% com contribuição de -0,08 p.p. no índice do mês", diz a nota do IBGE.
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O pesquisador do IBGE Fernando Gonçalves destacou o impacto das chuvas nos preços dos alimentos in natura em novembro. O item hortaliças subiu 4,43% no IPCA de novembro. "Além disso, com o calor, a demanda por folhagens começa a aumentar", disse Gonçalves.
Já a Alimentação Fora subiu 0,49%. Os destaques foram a refeição (de 0,01% em outubro para 0,58% em novembro) e o lanche (de -0,25% em outubro para 0,29% em novembro).