Educação

Acadêmicos repudiam comentários machistas e planejam manifestação em faculdade

16 ago 2018 às 12:48

Após a ampla divulgação de prints manifestando a opinião de alguns acadêmicos de Direito de uma instituição de ensino de Cascavel, alunos contrários ao posicionamento, considerado por eles machista e preconceituoso, pretendem realizar na noite de hoje (16), uma manifestação de repúdio.

A mobilização ocorre após a ampla divulgação de uma conversa veiculada em um grupo de whatsapp de uma turma de Direito em que é comentado, após um vídeo, o caso do feminicídio ocorrido no mês passado na cidade de Guarapuava, onde o marido teria assassinado a advogada Tatiane Spiyzner.

Em comentários sobre o vídeo em que mostra parte das agressões sofridas pela advogada alguns dizem que "feminicídio não existe" e "se ela foi assassinada certeza que ela mereceu". Continua com "se tivesse rezando ou estudando não morria"(sic). Um dos participantes diz que "lugar de mulher não é em pé no parapeito [fazendo menção do fato da advogada ter caído do quarto andar]" e proferiu que "lugar de mulher é rezando, limpando a casa, lavando louça ou cuidando das crianças e ponto. Sem mais nem menos".

Vários alunos do curso de Direito ficaram revoltados e emitiram uma nota de repúdio às manifestações. 

Veja:

“Infelizmente alguns alunos do 1º semestre matutino protagonizaram uma situação desagradável em relação ao caso da advogada Tatiane Spitzner, incluindo mensagens de cunho preconceituoso  e machista. Claro que isso está repercutindo muito negativamente, expondo a instituição, o curso de Direito e, sobretudo, nós acadêmicos.

Sabemos que se trata de um pensamento isolado, que não condiz com os ideais da maioria dos acadêmicos. Em razão disso, estamos propondo um ato público, a fim de manifestarmos nosso repúdio à atitude machista praticada por esses jovens.

Não é preciso ser acadêmico de direito para respeitar um ser humano. Todos têm direitos iguais. Não somos a favor de machismo ou qualquer prática preconceituosa”.

                                 

Vale ressaltar que a manifestação tratasse de ideias pessoais e não fazem correspondência a faculdade em que os mesmos estudam.  

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