Educação

Ações de prevenção ao bullying mobilizam escolas do Paraná

10 abr 2019 às 17:51

Rodas de conversa, palestras, apresentações teatrais e musicais, produção textual, atividades esportivas e recreativas e muita conversa sobre maneiras de prevenir e combater o bullying são algumas das atividades desenvolvidas nas escolas da rede estadual de ensino nessa semana.

As ações pedagógicas fazem parte da programação da Semana de Prevenção e Combate ao Bullying desenvolvida pela Secretaria de Estado da Educação.

Segundo a chefe do departamento da Diversidade e Direitos Humanos da Secretaria, Angela Mercer de Mello, o objetivo das ações é sensibilizar as escolas e criar um canal de comunicação entre estudantes, professores, funcionários e a própria comunidade.

Angela diz que as atividades contribuem para construir um clima escolar favorável ao diálogo, empatia e minimização de situações de violências, além de promover a convivência harmônica. “Queremos que os estudantes se sintam seguros e acolhidos pela escola e ao mesmo tempo sejam precursores de informações de prevenção e combate ao bullying”, disse.

No Colégio Estadual Humberto de Campos, em Santo Antônio do Sudoeste (na região Sudoeste do Estado), essa semana foi agitada com bastante atividades relacionadas ao tema. Desde segunda-feira (08), os estudantes do Ensino Fundamental e Médio estão mobilizados com ações de conscientização com os colegas, professores e funcionários. Eles confeccionaram cartazes e conversaram sobre situações de bullying que vivenciaram ou presenciaram.

Os alunos também explicaram significado da palavra bullying, fizeram um breve histórico de casos relacionados ao tema, e também citaram exemplos e tipos de bullying que são cometidos, em alguns casos, sem a intenção, no ambiente escolar e fora dele.

O BULLYNG MACHUCA - “Quando era pequena, as pessoas faziam piadas e cantavam músicas rindo da cor da minha pele, do meu cabelo e da minha boca, e eu passei por tudo isso de cabeça erguida, nunca desisti, não alisei meu cabelo como mandavam eu fazer. Hoje em dia eu sei que o que fiz foi o melhor, porque não importa o rótulo que colocam em você, apenas você pode se definir”, contou Luana Cálita Antunes da Roza, de 17 anos, estudante do 3° ano do Ensino Médio no Colégio Estadual Humberto de Campos, em Santo Antônio do Sudoeste.

Ela aproveitou as ações de combate ao bullying desenvolvidas pela escola para conversar com os colegas sobre as diferentes formas e práticas de bullying. Para ela, o virtual é a pior forma, além de mais frequente, devido ao fácil acesso às redes sociais e de permitir que as agressões sejam feitas no anonimato.

Também pôde contar como lidou com as ofensas que sofreu e percebeu que, infelizmente, o bullying é muito mais comum do que se pensa. “Foi muito interessante porque vi que a maioria da sala também sofreu assim como eu, que não estava sozinha e que algum momento em nossas vidas todos sofremos bullying, sofremos e choramos, porque não é uma coisa legal”, disse.

AEN

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