Educação

G8 emite nota sobre situação da Unioeste

17 ago 2018 às 19:49

A administração da Unioeste está em crise por falta de recurso. O governo chegou a anunciar a liberação R$ 3 milhões no mês de abril, mas até hoje o dinheiro não chegou.

O grupo G8 emitiu uma nota sobre a situação da universidade. Eles afirmam que ao longo dos anos a Unioeste empregou diversos instrumentos para não tornar suas despesas suficientemente claras. E que houve abuso e mau uso do dinheiro público. 

Confira na íntegra:

"Há um forte movimento popular e entre entidades organizadas pela ruptura de antigos vícios que ainda custam caro aos contribuintes brasileiros e ao processo de desenvolvimento do País. Os excessivos benefícios presentes em boa parte da estrutura pública condenam o Brasil a um permanente cenário de dificuldades e crises.

O mundo mudou muito principalmente nos últimos 25 anos e o Brasil, para seguir competitivo, precisa fazer ajustes profundos nos mais diversos setores. As famílias, as empresas e os trabalhadores, que pagam uma das mais pesadas cargas tributárias do planeta, fazem ajustes com regularidade, enquanto que o setor público segue no caminho oposto e ainda fortemente atrelado à ineficiência, à morosidade e à corrupção.

Os órgãos que se mantêm com o dinheiro do contribuinte têm por obrigação adotar a transparência como marca e prestar contas de cada centavo público que utilizam. É inadmissível que ministérios, universidades e empresas públicas, só para citar algumas de uma imensa estrutura governamental, utilizem da omissão para esconder excessos que tanto sacrificam quem trabalha e paga impostos.

Exemplo disso é o que acontece na Unioeste, que ao longo dos anos empregou diversos instrumentos para não tornar suas despesas suficientemente claras. Tanto que a Justiça, percebendo distorções graves, acaba de determinar a devolução aos cofres públicos de milhões utilizados irregularmente em pagamentos e compromissos extras com comissionados. E, mesmo diante da decisão judicial, a instituição afirma que pretende recorrer em vez de, sábia e humildemente, ajustar-se aos anseios da comunidade que a mantém.

Não se pode permitir que instituições com foco no ensino público, que devem contratar professores e outros profissionais de apoio, seja utilizada como instrumento de acomodação política. Enquanto abusos e mau uso do dinheiro público inundam em órgãos que deveriam ser modelo de lisura, transparência e ética, outros serviços essenciais, como saúde, educação básica e segurança enfrentam sérios problemas por falta de dinheiro.

É importante também perceber outra distorção grave, que se refere ao custo de alunos de um mesmo curso matriculados em universidades públicas e privadas. O acadêmico da pública custa, em média, dez vezes mais do que o da particular, tornando essa conta demasiadamente pesada em um país com tantas urgências e carências.

O Estado e a sociedade precisam dialogar para encontrar saídas coerentes para problemas como os aqui citados. O modelo de ensino público superior deve ser repensado e toda forma de excesso duramente combatida e penalizada. O que se espera de estruturas como a Unioeste é eficiência, ensino de qualidade, transparência, honestidade e respeito ao contribuinte.

Acic, Amic, OAB - Subseção Cascavel, Sinduscon Paraná-Oeste, Sindicato Patronal Rural, Sindilojas, CDL, Sociedade Rural do Oeste e Caciopar".


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