Professores e funcionários das escolas estaduais entraram em greve nesta segunda-feira (02). Em Londrina, APP Sindicato e Núcleo Regional de Educação ainda não divulgaram balanço de quantos profissionais aderiram ao movimento e quantos locais tiveram paralisação total ou parcial.
Segundo o presidente da APP Sindicato Londrina, professor Márcio André Ribeiro, não há balanço oficial ainda, o que só deve ser divulgado no final do dia. “Mas entendemos que estamos começando neste primeiro dia com algo em torno de 40% em Londrina e 60% em média no estado”, aponta.
A greve é por conta da apresentação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da previdência que altera o regime de aposentadoria da categoria e aumenta o desconto mensal.
“Nós entendemos que não há momentos bons para se fazer greve. Mas o governo do estado quer passar de qualquer forma essa proposta de reforma, inclusive porque ano que vem é ano eleitoral. Queremos deixar claro que isso não é dinheiro do contribuinte, é do servidor, que sai do holerite quer queiramos ou não. De 11% o valor salta para 14% e pode chegar a 22%”, alerta o presidente da entidade.
Os professores da Universidade Estadual de Londrina, também começaram hoje a paralisação. A UEL tem cerca de 1.600 docentes, mas o sindicato não soube informar se todos aderiram ao movimento já que hoje não há aula por causa do vestibular. Na quarta-feira (4), os professores fazem uma assembleia as 10h da manhã no anfiteatro do CCD, para avaliar a continuidade da greve.
Já os servidores da universidade param as atividades nesta terça-feira (3).
“Nós estamos prevendo que adesão no campus seja de 100%. Nos serviços essenciais, a gente vai cumprir com o que diz a lei e a sociedade não vai perecer por conta da greve”, aponta o presidente da ASSUEL, Arnaldo Melo.
Nesta terça-feira, também está prevista uma mobilização estadual convocada pelo Fórum das Entidades Sindicais, a partir das 8h30 em Curitiba. Caravanas de todo estado devem ir até a capital. Ainda não se sabe quantas pessoas de londrina devem participar da mobilização.
“Vamos resistir e não deixar que essa reforma seja aprovada aqui no estado do Paraná. Em todos os estados é a pior proposta de todas”, aponta Ribeiro.