Um avião do Governo do Paraná, que fez o transporte de vacinas da Covid-19, supostamente teria realizado uma curva errada e entrado em rota de colisão com um voo comercial da empresa Gol, após decolar em São José dos Pinhas, na Região Metropolitana de Curitiba, na manhã desta terça-feira (19). No momento, o monomotor estava a caminho de Londrina e posteriormente seguiria para outras cidades do Estado. A informação foi divulgada por blogs de notícias áreas durante o dia. 

O secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, estava no avião e no momento não percebeu que teria acontecido algo nesse sentido. O piloto se comunicava com a torre utilizando termos técnicos. Ele falou sobre o caso apenas durante a tarde, quando estava em Cascavel.

"Estávamos levando vacinas para Regional de Londrina, para Regional de Cornélio Procópio e alguma coisa para Jacarezinho. Houve essa informação, agora a pouco que fiquei sabendo, mas essas questões aeronáuticas e das aerovias são tratadas de maneira muito específica. Não houve nenhuma manobra radical, nada disso, e conseguimos sanar da melhor possível. A notícia aconteceu e vamos investigar o que houve", afirmou. 

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Nas imagens de radar é possível ver o momento em que os aviões se aproximam. O avião da Gol se aproximava para realizar o pouso em São José dos Pinhais, enquanto o monomotor decolava do aeroporto Bacheri. Porém, ainda não tem como afirmar qual seria a distância real no céu. 

Operadores das torres de controle orientaram os aviões para tomarem rumos opostos. Uma tecnologia é utilizada justamente para apontar quando existe a possibilidade de colisão e evitar acidentes diariamente no serviço aéreo. 

A reportagem entrou em contato com Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), que não tinha conhecimento sobre o caso até às 18h, e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) não atendeu as ligações.  

A Casa Militar da Governadoria emitiu uma nota sobre o ocorrido:

"Segundo relato do comandante da aeronave prefixo PP-MMS, após todos os procedimentos técnicos de decolagem, o piloto automático, devidamente acoplado, apresentou uma atitude inesperada, curvando à direita. Diante disso, a tripulação tomou os procedimentos técnicos necessários, porém este não respondeu de imediato, e que logo após foi obtida a informação de tráfego. Nesse momento, foi desacoplado o piloto automático e retomado o procedimento de decolagem sem o auxílio do equipamento. Ressaltamos que não houve um acidente, mas um incidente, o qual foi devidamente reportado às autoridades aeronáuticas. Dentro da dinâmica da aviação, foram tomadas as medidas técnicas mitigadoras para manter a segurança de voo. Isso significa que a tripulação estava atenta e segura em seus procedimentos. Após a Casa Militar tomar conhecimento do fato, determinou que a aeronave permanecesse em solo, até a intervenção de manutenção. Nesse tocante, destacamos que todas as aeronaves sob responsabilidade do órgão estão com suas manutenções em dia. Em relação ao incidente, sem prejuízo da apuração aeronáutica, a Casa Militar irá realizar uma averiguação interna do ocorrido."