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Creche garante direitos de recém-nascidos no sistema prisiona

09/12/19 às 14:16 - Escrito por Redação Tarobá News
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Logo após a entrada da Penitenciária Feminina do Paraná, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, com instalações independentes da estrutura carcerária, está a Creche Cantinho Feliz. Todo decorado, o espaço tem o objetivo de assegurar os direitos dos recém-nascidos e estreitar os vínculos entre mães e filhos.

Para as crianças, há berços, cubas especiais para o banho, fraldário, armários, muitos brinquedos e tatames. O lugar ainda tem cozinha, lavanderia, máquinas de lavar e secar roupa, além de uma equipe técnica multidisciplinar de apoio.

“A creche tem ambientes lúdicos, que visam dar o atendimento necessário ao bebê, para que não seja privado de nada do que teria fora do sistema prisional. Os lugares são adaptados para o banho e a higienização, além disso, há salas preparadas para ele ser colocado desde cedo no chão e, assim, trabalhar com autonomia e movimento livre, mas sempre respeitando o tempo da criança”, destaca a diretora da Penitenciária, Alessandra Antunes do Prado.

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Tanto a mãe quanto o bebê vão para a creche assim que recebem alta do hospital, e permanecem lá entre seis e sete meses. Durante a estada, as mães são responsáveis por todo o cuidado em relação às crianças. “Ambos permanecem na creche durante o dia e, à noite, vão para a galeria materno-infantil. Desde o primeiro dia, são elas que dão banho e trocam as fraldas, inclusive”, afirma Alessandra.

A presa e seu filho passam as 24 horas do dia juntos, com incentivo total à amamentação em livre demanda, e à criação e ao fortalecimento do vínculo.

Em uma parceria com o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), desde 2014, o Grupo Marista, por meio da Rede Marista de Solidariedade, mantém na unidade três educadores sociais, uma assistente social, uma enfermeira e um coordenador. A equipe multidisciplinar dá suporte às detentas, principalmente nos primeiros dias, quando as mães estão mais debilitadas.

“Os banhos são acompanhados pela enfermagem, que dá o suporte na visão da saúde, e pela educação, que mostra para as mães como o momento pode ser educativo, mas são as presas que os fazem. Depois, na introdução alimentar, são elas que preparam e oferecem a alimentação aos bebês”, explica a diretora. “Os profissionais ficam a cargo de dar suporte, orientação e aumento do repertório científico de cuidado das crianças. Passamos às mães o que tem de mais novo no mundo científico, mas não impomos nada”, diz Alessandra.

Desenvolvidas em parceria entre o Governo do Estado, o Depen e o Marista, as iniciativas possibilitaram a implantação de ações e protocolos internos e externos com a rede socioassistencial para a garantia dos direitos básicos das crianças atendidas. “Os bebês, enquanto estão na unidade, têm garantia de atendimento e acompanhamento médico e vacinação”, explica a diretora. “Como a mãe não pode sair, a enfermeira fica encarregada de levá-los às consultas com o pediatra da unidade de saúde e tirar as dúvidas das presas, que anotam tudo em papéis. Geralmente, no mesmo dia, as crianças são vacinadas e recebem os demais atendimentos necessários”.

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