O Ministério Público apontou que há indícios de atos de improbidade administrativa do prefeito de Londrina Marcelo Belinati na investigação sobre o valor pago pelos moradores do condomínio onde mora o Chefe do Executivo.
O promotor Renato de Lima Castro, coordenador do Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepátria), em entrevista coletiva nesta tarde (8), afirmou que até agora as investigações indicaram situações incongruentes e incompatíveis com a probidade administrativa.
Segundo o promotor há repetidos "erros" que favorecem a família Belinati, como por exemplo a ausência da cobrança da taxa de lixo para todo o condomínio onde mora o Prefeito.
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Além disso, documentos mostram que o condomínio onde mora Marcelo Belinati teve avaliação de R$ 500 por metro quadrado, mas o valor foi reduzido para R$ 200 e posteriormente cobrado 175 reais.
Ainda segundo a investigação, um terreno de Dante Belinati, sócio da loteadora do condomínio e primo do prefeito, na avenida Saul Elkind, foi avaliado em R$ 100 e cobrado R$ 40.
Renato de Lima Castro ainda afirmou que a lei que revisou a Planta Genérica de Valores foi injusta, pessoal e teve critérios avaliados de forma isolada.
Não há, segundo o promotor, data para depoimento do Prefeito e a investigação deve continuar com a participação da população.
"Câmara tem que agir"
Para o promotor Renato de Lima Castro a Câmara Municipal já deveria ter agido diante da situação, já que os vereadores são os fiscais efetivos do Executivo. O Ministério Público deve remeter o material ao Legislativo.
(Colaboração: Luciane Miyazaki)