Londrina
Cascavel
  • Londrina
  • Cascavel

"Linguagem neutra é invenção de uma minoria que se sente oprimida", diz Jessicão

11/05/22 às 08:11 - Escrito por Redação Tarobá News
siga o Tarobá News no Google News!

A Câmara de Vereadores de Londrina aprovou, na terça-feira (10), um projeto de lei que proíbe o uso de linguagem neutra em escolas e concursos da cidade. A proposta foi votada em primeiro turno.

O projeto foi proposto pela vereadora Jessicão (PP). Ele contou com 13 votos favoráveis, dois contrários, dos vereadores Matheus Thum (PP) e Lenir de Assis (PT), e uma abstenção, da parlamentar Lu Oliveira (PL).

A proposta prevê que a violação da lei municipal por instituições públicas pode acarretar sanções não especificadas aos servidores públicos. Em relação às instituições privadas, resultará na advertência e suspensão do alvará de funcionamento do estabelecimento.

Leia mais:

Imagem de destaque
SAIBA MAIS

TSE rejeita recurso de Cloara Pinheiro; defesa diz que decisão não afeta mandato

Imagem de destaque
ACUSADO DE XENOFOBIA

Câmara de Apucarana descarta cassação de Vereador

Imagem de destaque
ENTENDA

STF anula mais uma condenação de Moro contra André Vargas na Lava Jato

Imagem de destaque
ENTENDA

Terminal Rodoviário é novo ponto de votação para as eleições de 2024

“A linguagem neutra é uma invenção de uma minoria que se sente oprimida por usar as palavras no gênero masculino ou feminino. Eles querem mudar a língua portuguesa para poder agradá-los. Mas isso na verdade não inclui, isso exclui. Idosos vão ter dificuldade de aprender, um dislexo, um surdo ou um cego”, disse Jessicão em entrevista ao Primeira Hora.

Votaram contra o projeto os vereadores Matheus Thum (PP) e Lenir de Assis (PT). Segundo Lenir, afirmar que o uso da linguagem neutra tenha como objetivo abolir o ensino da norma culta, acabando com o masculino e o feminino, é uma "simplificação absurda" . "Não se trata de querer anular a linguagem que conhecemos. Quando falamos de linguagem neutra, estamos falando de tornar visível uma parcela significativa da sociedade, que sempre foi colocada na invisibilidade", disse.

A vereadora Lu Oliveira (PL) se absteve da votar e afirmou que, apesar de ser favorável à proposta, o projeto não seria factível, pelo fato de o tema ser de competência privativa da União. Matheus Thum também apontou inconstitucionalidade no PL. De acordo com ele, qualquer banca ou concurso seguirá apenas a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, sobre a qual os vereadores não têm competência para atuar.

© Copyright 2023 Grupo Tarobá