Londrina
Cascavel
  • Londrina
  • Cascavel

Marun propõe anistia de caixa 2 e cobrança no SUS

23/07/18 às 08:05 - Escrito por Estadão Conteúdo
siga o Tarobá News no Google News!

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, propôs neste domingo, 22, em mensagem a um grupo de parlamentares, que o MDB e o pré-candidato do partido à Presidência da República, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, defendam uma forma de "leniência" ao caixa 2 praticado em eleições passadas e a fixação de mandato para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Marun sugeriu a criação de uma corte constitucional para "dirimir conflitos" entre o STF e a Constituição, um conselho superior para controle externo das polícias e avançou sobre a área social, ao recomendar o fim da gratuidade total aos pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS).

"Vamos desburocratizar as eleições, mas punir realmente o uso de dinheiro ilegal nos pleitos. Podemos propor uma forma de leniência para o caixa dois já praticado e o criminalizarmos para o futuro", escreveu o ministro, que é citado na Operação Registro Espúrio, suspeito de interferir em registro de sindicatos no Ministério do Trabalho.

Leia mais:

Imagem de destaque
SAIBA MAIS

TSE rejeita recurso de Cloara Pinheiro; defesa diz que decisão não afeta mandato

Imagem de destaque
ACUSADO DE XENOFOBIA

Câmara de Apucarana descarta cassação de Vereador

Imagem de destaque
ENTENDA

STF anula mais uma condenação de Moro contra André Vargas na Lava Jato

Imagem de destaque
ENTENDA

Terminal Rodoviário é novo ponto de votação para as eleições de 2024

"Vamos propor mandatos para o STF, revogar a Lei da Bengala, votar a Lei do Abuso de Autoridade, e criar uma Corte Constitucional que possa dirimir conflitos entre as decisões do STF e a Constituição Federal. Vamos propor um Conselho Superior para as Polícias, para que não prospere o Estado Policialesco e as ações dos maus policiais tenha controle externo."

A anistia ao caixa 2 e o limite ao mandato de ministros do Supremo foram discutidas na reforma política, que tramitou no Congresso Nacional, no ano passado, mas repercutiram mal e não avançaram.

As ideias do ministro foram publicadas num grupo de WhatsApp de parlamentares do MDB e de Meirelles. O ministro confirmou à reportagem a autoria da mensagem, mas não detalhou as propostas. "Opinião pessoal para discussão enviada ao grupo de deputados do MDB e ao candidato. Não me aprofundei nos detalhes. Quero provocar a discussão de todos os itens propostos."

Procurado, o ex-ministro da Fazenda disse que não havia lido as propostas de Marun encaminhadas a ele pela reportagem. "Não li ainda", afirmou Meirelles.

Adversários

No texto, Marun diz aos deputados que, caso Meirelles não vença a eleição, "pelo menos teremos o orgulho de não termos participado da eleição a passeio". Marun critica na mensagem dois potenciais adversários de Meirelles na disputa pela sucessão do presidente Michel Temer, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) e o ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes (PDT), a quem chama de "débil mental".

"A atitude de Alckmin nas denúncias (contra Temer) o torna não merecedor do nosso apoio. Ajudamos a sua candidatura é verdade, ao vetarmos o apoio do Centrão ao débil mental do Ciro Gomes. Este apoio foi para os tucanos, mas isto não é de todo ruim. Sabemos que a tucanidade de Alckmin não o faz o candidato para o agora", escreveu Marun.

Mais tarde, Marun publicou nota dizendo que não teria usado a expressão "débil mental" contra Ciro se soubesse que ela viria a público. Segundo o ministro, a mensagem a parlamentares do MDB e a Meirelles tratava de posições pessoais que ele deseja discutir com o partido.

"Admito que se soubesse que as mesmas se tornariam públicas não teria utilizado o termo 'débil mental' em relação ao Sr. Ciro Gomes, por reconhecer que, independentemente de minhas posições pessoais, um candidato a presidente da República deve ser publicamente tratado com o maior respeito", afirmou Marun. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

© Copyright 2023 Grupo Tarobá