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Os temas que vão pautar os políticos em 2018

28/12/17 às 09:57 - Escrito por Redação Tarobá News
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O Brasil entrará em mais um ano eleitoral aliviado pela certeza de que, depois de quatro anos turbulentos, voltará às urnas para escolher um novo presidente.Mas deprimindo, angustiado e preocupado  com o próprio futuro depois de tudo que vivenciou ao longo deste período, iniciado, indiretamente, pelas manifestações de junho de 2013. De lá para cá, o carrossel brasileiro experimentou de tudo: morte de candidato na campanha eleitoral de 2014, reeleição de Dilma Rousseff, crise econômica que devastou o mercado de trabalho, impeachment, novo governo, fracasso da política e Operação Lava-Jato. 

Nunca, em um período tão curto da nossa história recente, o país passou por experiências tão traumáticas e dramáticas. Por isso, a tradicional esperança de que, daqui a uma semana, a virada da folhinha no calendário será, obrigatoriamente, um período de renascimento, soa quase como profecia, embora carregada de dúvidas agudas: que país veremos em 2018?

Emprego,PEC da Previdência, retomada do crescimento, dúvidas cada vez maiores sobre a segurança nas grandes cidades. Um sentimento de indignação com toda a classe política, que pode abrir caminho para novidades, renovações ou até aventureiros. Tudo isso,segundo especialistas ouvidos pelo Correio, povoará a cabeça dos brasileiros nesse ano que se iniciará.

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O país precisará amadurecer desta fase de angústia e sofrimento que estamos  vivenciando há tanto tempo

- Carlos Eduardo de Freitas, integrante do Conselho Regional de
Economia do Distrito Federal

A economia reage


O país entra 2018 respirando com dificuldades no campo econômico. Mas os 0,89% de crescimento projetados para este ano podem ser considerados uma benção após a queda de tudo vivida nos últimos quatro anos. Dos 2,3% de crescimento do PIB e 4,3% de desempregados na virada de 2013/2014, enfrentamos agora uma massa de 13 milhões de pessoas sem trabalho. Por isso, no campo econômico, o que os brasileiros, certamente, pediram a Papai Noel e nas sete ondas puladas no réveillon, foi mais emprego.

“O país precisará amadurecer desta fase de angústia e sofrimento que estamos vivenciando há tanto tempo. Atravessamos uma depressão brutal nestes três anos que deixa marcas nas pessoas individualmente e na coletividade”, afirmou ao Correio o conselheiro efetivo do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal Carlos Eduardo de Freitas. Ele lembra que as pessoas que foram às ruas em 2013 tinham uma percepção difusa, quase intuitiva, de que algo estava errado.

Mas o PT conseguiu reeleger Dilma Rousseff para mais quatro anos. Como a realidade se sobrepôs às maquiagens econômicas, ela teve de dar um cavalo de pau na política econômica que acabou derrubando de vez a economia. O país entrou em recessão e os empregos desapareceram.

Oposição, governo, analistas concordam com os pesadelos dos brasileiros. A economia pode até estar dando sinais de retomada, mas os indicadores apresentados pouco significam no imaginário direto dos brasileiros. Juros mais baixos? Bom sinal, prova de que a inflação está sob controle e há mais margens para a retomada do crédito. Mas não adianta a janela se abrir se as famílias não tiverem salário para cobrir os gastos diários.

Em um cenário idílico, autoridades governamentais acreditam ser possível gerar seis milhões de empregos no IBGE/PNAD. Os planos são de que isso aconteça até o início das eleições de outubro, o que poderia impulsionar uma candidatura governista. Se esse cenário projetado se confirmar, seria uma redução à metade da atual taxa. Para não frustrar expectativas ou virar alvo de críticas, aliados do Planalto afirmam que não são empregos com carteira assinada, medidos pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). “Seis milhões de empregos de carteira assinada não é tarefa para 10 meses, mas para um governo inteiro. Mas não temos quatro anos para fazer isso”, reconheceu um interlocutor palaciano.

Para o professor de finanças do Ibmec-DF, Marcos Melo, esses números estão inflacionados e não há certeza se será possível alcançá-los a curto prazo. “Viveremos um momento novo no país, com as mudanças no perfil do trabalho. Isso acontece não apenas por conta das alterações na legislação trabalhista. Esse é um fenômeno mundial. Além disso, a retomada dos empregos dependerá da retomada da atividade econômica, o que é algo ainda imprevisível”, disse Marcos.

Freitas também dúvidas dos números alavancados pelos governistas. E lembra que mesmo a reforma trabalhista, aprovada sob o argumento de que facilitaria a contratação de mais brasileiros, ainda não se apresenta como uma alternativa confiável. Primeiro porque podem surgir diversos questionamentos na Justiça e, segundo, porque existe uma medida provisória para regulamentar alguns pontos que ficaram pouco claros na proposta. “Eu gostaria de ser um pouco mais otimista. Mas prefiro esperar para ver o que virá”, disse o ex-diretor do Banco Central.

Leia a reportagem completa em Correio Braziliense 

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