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Privatização de estatais é tema de audiência pública na Alep

17/06/19 às 20:07 - Escrito por Redação Tarobá News
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A política de privatizações da equipe econômica do Governo Federal foi tema de uma audiência pública realizada nesta segunda-feira (17), no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). A audiência “Em defesa das empresas públicas” debateu formas de se impedir a venda de estatais e contou com a participação de deputados estaduais, direções sindicais e trabalhadores das empresas alvo do projeto de privatização.

Atualmente, o governo conta com mais de 130 estatais, tanto no setor produtivo quanto na área financeira. Entre as principais estão Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Correios, Petrobras e Eletrobrás. Estas foram algumas das empresas que entraram no radar de privatização do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Por isso, para os participantes do encontro, o momento é de alerta. “Este é um debate que tem se espalhado por todo o país. Depois de 20 anos, voltamos ao mesmo processo de luta contra as privatizações”, afirmou o deputado Tadeu Veneri (PT), proponente da audiência.

A ideia do grupo é alertar a população dos prejuízos da privatização. “Voltamos com a discussão de venda de empresas estratégicas, inclusive dentro do Paraná. É um prejuízo para o Estado e para o povo brasileiro. Quando você privatiza, o patrimônio público é entregue a grupos privados que só privilegiam o lucro. Não se pensa na vida das pessoas”, completou o deputado Professor Lemos (PT).

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“A importância da empresa pública no Brasil já foi grande. Hoje vivemos a era do entreguismo, de entregar nosso petróleo, nossos Correios, nossos aeroportos e, consequentemente, nossas fronteiras. Perdemos nosso conceito de nação”, ponderou o deputado Requião Filho (MDB). O ex-governador e ex-senador, Roberto Requião, também participou do debate e concordou. “Enfrentar as privatizações é defender os interesses do País”, argumentou.

Desmontes – Para o secretário geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT), José Rivaldo da Silva, já existe uma ação coordenada para o desmonte dos Correios. Ele citou como exemplo a diminuição do quadro de funcionários na empresa. “Isso vem ocorrendo de três anos para cá. É um processo de preparação para a privatização. Se os Correios forem privatizados, quem sairá prejudicado é a população”, afirmou. Dary Becker, diretor da Federação Única dos Petroleiros e do Sindipetro do Rio Grande do Sul, disse que a situação vivida na Petrobrás é semelhante. “A ideia parece ser vendê-la em pedaços, transformando-a em uma casca oca, sem função. Temos de usar espaços como estes para esclarecer a população do que está acontecendo”, disse.

A secretária de juventude da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, Fernanda Lopes de Oliveira, forneceu um panorama da situação dos bancos públicos dentro do processo. “O papel do banco público é dar acesso à população aos serviços bancários. Ser privado não significa que é melhor. Qual o interesse em comprar empresas que não dão lucro? Os lucros dos bancos públicos são investidos em programas sociais. Bancos privados jamais farão isso”, lembrou Fernanda.

Também participaram do debate o deputado Arilson Chiorato (PT), o secretário nacional de comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Roni Anderson Barbosa, o secretário geral da CUT-PR, Marcio Kieller, a diretora do Departamento da Mulher, da Juventude e do Idoso da Nova Central Sindical do Paraná, Rosicler Torquato, e o coordenador do Sindicato dos Petroquímicos do Paraná, Santiago Silva.       

De acordo com levantamento do Observatório das Estatais, da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Brasil é o país que conta com o maior número de estatais entre as 36 nações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No total, são 418 empresas controladas direta ou indiretamente por União, Estados e municípios. De todas, mais de 130 são federais e podem entrar no programa de venda de empresas públicas do governo Bolsonaro. Só o governo federal emprega cerca de 500 mil trabalhadores.

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