Área de influência do governador Geraldo Alckmin, o diretório estadual do PSDB de São Paulo marcou para a próxima segunda-feira, 5, véspera do julgamento sobre a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma reunião ampliada que deve terminar com um pedido para que o partido deixe os cargos no governo.
Essa pelo menos é a expectativa do deputado estadual Pedro Tobias, presidente da legenda. "Não podemos empurrar essa situação indefinidamente. O baixo clero precisa ser consultado", disse ele ao jornal O Estado de S. Paulo.
O encontro começou a ser articulado após os caciques do PSDB nacional sinalizarem que podem procrastinar uma decisão sobre a permanência no governo federal ou mesmo permanecer ao lado de Temer até que ele esgote as possibilidades de defesa no TSE.
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Além da executiva do partido em São Paulo, Tobias também convocou todos os deputados federais, estaduais, senadores e prefeitos do PSDB do Estado. A ideia é criar uma "panela de pressão".
Na semana passada, os tucanos paulistas se reuniram no diretório e a tendência era pedir a renúncia de Temer, mas o governador Geraldo Alckmin, em sintonia com a cúpula tucana, barrou a iniciativa.
Aécio
Outro ponto da pauta será a situação do senador afastado Aécio Neves (MG) no partido.
A reportagem apurou que Tobias e outros dirigentes defendem a expulsão dele do PSDB. Hoje, Aécio é presidente licenciado do partido.