Londrina
Cascavel
  • Londrina
  • Cascavel

Até 50 mil presos podem ser soltos após decisão sobre porte de maconha

28/06/24 às 10:43 - Escrito por Band
siga o Tarobá News no Google News!

A decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o porte de maconha deve ter um impacto nas prisões. Pessoas condenadas pelo porte de até 40 gramas do entorpecente podem ganhar a liberdade e, segundo especialistas, o número de presos que têm a chance de saírem da cadeia pode chegar a 50 mil. 


Na Constituição, há a garantia de que a lei penal pode retroagir em casos em que o réu é beneficiado. É o caso de quem está preso exclusivamente pelo porte de 40 gramas de maconha. Mas a soltura ou os processos de análise não serão imediatos. Ao invés de uma regra geral aplicada automaticamente, o STF determinou a avaliação de caso a caso. 


Com isso, o Conselho Nacional de Justiça deverá fazer um mutirão carcerário organizado com a Defensoria Pública. O CNJ ainda vai definir os parâmetros usados para o cumprimento da decisão. A lei de drogas, de 2006, diferenciava a punição de usuário para traficante, mas não estipulava uma quantidade máxima. Antes da decisão do STF, todos poderiam responder por tráfico, a depender da decisão do delegado, com pena de 5 a 15 anos de prisão. 

Leia mais:

Imagem de destaque
ENTENDA

Senado discute a regulamentação da inteligência artificial

Imagem de destaque
VEJA VÍDEO

Creche de SP deixa menino fugir por vão de portão, e ele é achado a 1 km

Imagem de destaque
ESTIMATIVA

Mercado eleva previsão da inflação de 3,98% para 4% em 2024

Imagem de destaque
ENTENDA

Ministério do Trabalho notifica sindicatos para atualizar registro


Agora, ao invés da detenção, cabem penas administrativas, como advertência e serviços comunitários. Só que o uso segue ilegal. Para o psiquiatra Dartiu Xavier, a mudança permite a discussão do tema sob a ótica da saúde pública. 


"É muito importante discriminar essas coisas. Mesmo porque o usuário de maconha, que é 90% deles, precisa ser orientado para que aquele uso não seja prejudicial. Isso É prevenção. Não posso fazer prevenção com uma substância ilícita. A pessoa nem contará para mim que ela usa", explica a psiquiatra. 

Notícias relacionadas

© Copyright 2023 Grupo Tarobá