Cultura

Último dia de espetáculo em LIBRAS na programação do FILO

29 ago 2019 às 11:22

A atenção especial com questões da acessibilidade tem sido uma característica de destaque entre alguns grupos que estão na programação do FILO 50 + 1. Esta quinta-feira (29) é a última apresentação do espetáculo infantil “O Menino e os Sortilégios”, do Teatro do Pequeno Mundo, no Centro Cultural Sesi/AML. O espetáculo começa às 19h30, com interpretação em Libras – a Língua Brasileira de Sinais, exibida simultaneamente, por vídeo.

O Teatro do Pequeno Mundo, grupo de Bragança Paulista (SP), incluiu a transmissão em Libras em suas apresentações a partir da participação no Festival Amazonas de Ópera 2019, em maio. “O evento faz transmissão de Libras ao vivo de todas as óperas, exibidas para o público em vídeos com legendas em português”, conta Fabiana Barbosa, diretora de “O Menino e os Sortilégios”. O grupo também incorporou o recurso de acessibilidade às apresentações.

Na abertura do FILO 2019, a Companhia do Tijolo, de São Paulo, trouxe uma atuação em Libras em uma das cenas do espetáculo “A Cabeça Gosta de Pensar, Mas os Passos Tecem a Existência”. Também a Súbita Companhia de Teatro, de Curitiba, mostrou no palco do Teatro Ouro Verde um de seus seis solos do projeto Habitat (“Foi Assim Que o Oceano Invadiu a Minha Casa”), apresentado pela atriz Helena de Jorge Portela em português e em Libras.

Outro espetáculo a adotar recursos de interpretação em Libras é o “Chega de Saudade”, montagem cênico-musical que o coletivo londrinenense AntiQua4’Rio apresentou na última segunda-feira (26), no Teatro Ouro Verde. A atriz Camila Taari conta que a ação foi realizada especialmente para a participação no FILO, mas que agora será adotada nas demais apresentações do grupo.

Para Valeria Pellicano, coordenadora do projeto de inclusão Parque Escola Bico Amarelo, de Londrina, a acessibilidade é fundamental para toda a comunidade. “Arte é um caminho privilegiado para o aporte em acessibilidade e inclusão. Um evento internacional como o FILO encanta e contribui intensamente, de forma generosa, respeitosa e solidária com contexto social”, afirma.

Valeria tem acompanhado um grupo de surdos a várias apresentações no FILO e ressalta a importância dessas ações no contexto do Festival. “Arte e educação juntas trazem acessibilidade e inclusão para todos. A sociedade se enriquece pela interação com as diferenças, construindo a brasilidade e a identidade nacional”, completa.

(com informações da assessoria)

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