A Secretaria Municipal de Defesa Social afirma que, neste momento, não é possível destacar guardas municipais para trabalharem durante 24 horas nas Unidades de Pronto Atendimentos municipais. O secretário Pedro Ramos disse, na manhã desta segunda-feira (26), que não há um histórico alarmante de insegurança nas unidades.
"A condição ideal seria ter guardas durante 24 horas, mas somente a saúde tem mais de 80 prédios públicos. Equacionamos o problema de acordo com a demanda. Nos locais [UPAs] que são 24 horas um guarda municipal fica a noite e os outros prédios recebem atendimento por patrulhamento", explicou o secretário de Defesa Social.
O posicionamento de Ramos ocorre dois dias depois de três funcionários da Unidade de Pronto Atendimento do Jardim do Sol serem agredidos durante o horário de trabalho. O filho de um paciente se revoltou com a demora no atendimento e bateu em três técnicos em enfermagem, além de ameaçar um deles com uma faca.
A situação foi contornada com a chegada de uma guarda municipal. O suspeito abandonou a faca e fugiu.
Um dia depois, na noite de domingo, funcionários da UPA e o Sindicato dos Servidores Municipais realizaram um protesto no local. Eles pedem a presença de dois guardas municipais a cada turno de 12 horas. Os profissionais da saúde relataram que se sentem inseguros em trabalhar.
Ramos lamentou os fatos e disse que a situação poderia ter acontecido em qualquer lugar, o homem poderia ter surtado em um supermercado ou banco, por exemplo.
"Entendo o posicionamento e a apreensão dos funcionários da saúde, mas isso não acontece todo dia. Quem evitou o mal maior foi o guarda municipal. É lamentável, mas não é um prática recorrente. Entregamos as imagens das câmeras de segurança à Polícia Civil e esperamos a responsabilização do cidadão", concluiu o secretário municipal de Defesa Social.