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Vítimas relatam agressão de GMs em ocorrência de perturbação de sossego

16/09/21 às 15:03 - Escrito por Angela Ota
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Onze guardas municipais viraram réus em uma ação criminal que apura abuso de autoridade durante o atendimento a uma ocorrência de perturbação de sossego em Londrina, no dia 18 de julho.

Segundo o boletim de ocorrência, a Guarda Municipal foi solicitada após atender a uma festa em via pública, com aglomeração de pessoas. De acordo com o documento, chegando ao local foram “arremessadas pedras, garrafas e bombas contra as equipes”. Em seguida, os guardas afirmam que foram hostilizados por moradores de uma casa com xingamentos e ameaças, sendo que uma das mulheres afirmou trabalhar com uma promotora de Justiça, informação confirmada pela mesma em depoimento.

Uma das denunciantes disse, em depoimento, que a família comemorava o aniversário de 15 anos da filha na noite dos fatos. Segundo a vítima, ela, a irmã, o marido e a filha de 15 anos foram agredidos pelos guardas. “Ele pegou e me enforcou e no que ele me enforcou, eu voltei para tentar ajudar, ele me deu um soco de baixo para cima no nariz. No que eu olhei já tinha um dando cacetada na minha filha e nesse momento eu não sabia, mas a minha irmã já estava apanhando na cozinha. E daí deram máquina de choque no meu marido. E a todo momento eles estavam muito bravos, muito nervosos e agredindo a todo mundo”, afirma a vítima.

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Ainda segundo o relato, os guardas chegaram a efetuar um disparo para cima. “Minha irmã falou para ele que ele não podia entrar. Aí ele pegou e falou para ela: ‘você duvida que a gente não pode entrar?’, ele pegou, deu um tiro para cima e chutou o portão.”

No boletim, os guardas alegam que “os moradores resistiram e investiram contra os agentes sendo necessário o uso de técnicas de imobilização para contê-los, ainda assim foram infrutíferas as tentativas, então foi feito o uso da arma de eletrochoque”.

Duas vítimas foram levadas para UPA após a confusão e depois encaminhadas para delegacia, onde outra mulher também estava detida.

Os 11 guardas foram denunciados pelo Ministério Público do Paraná pelos crimes de tortura, abuso de autoridade, denunciação caluniosa, falsidade ideológica e disparo de arma de fogo.

O Secretário de Defesa Social informou que os guardas foram retirados das ruas e estão realizando trabalho sem contato com o público, após uma decisão da Justiça que determinou que eles mantenham 500 metros de distância dos denunciantes. O Secretário também afirmou que encaminhou documentos à Corregedoria do município para que sejam tomadas as devidas providências.

O Ministério Público afirma que nenhuma das vítimas é assessora ou possui qualquer tipo de vínculo com a instituição.

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