O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, abriu a entrevista coletiva deste sábado (16), após a goleada de 5 a 1 sobre a Ponte Preta, com um discurso repudiando “todo e qualquer ato de discriminação”.
Ainda que não tenha citado nominalmente, a fala do treinador fez referência à ofensa sofrida no último dia 3, após o clássico com o São Paulo. Na ocasião, Abel foi chamado de “português de m…” pelo diretor de Futebol do Tricolor, Carlos Belmonte.
Durante a semana, em vídeo vazado na internet, Belmonte pediu desculpas. O dirigente e jogadores do São Paulo ainda escaparam de uma punição mais dura após acordo com o Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP) - no lugar de suspensão, os são-paulinos foram apenas multas.
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A medida teria desagradado Abel, a presidente Leila Pereira e outros membros da diretoria palmeirense.
“Repudio todo e qualquer ato de discriminação, seja ele de gênero, cor de pele, nacionalidade… Ou qualquer tipo de violência”, disse Abel.
“Dizer também que isso vai muito além da esfera do futebol. É uma questão de humanidade”, completou o técnico.
Silêncio
Em seguida, Abel afirmou que não fala mais publicamente sobre o assunto e fez silêncio por alguns segundos na coletiva. Quando os jornalistas tentaram continuar a entrevista imediatamente, o técnico pediu que esperassem, para só depois responder a pergunta feita inicialmente.
Depois da goleada deste sábado, Abel pode reencontrar o São Paulo na semifinal do Paulistão, caso o Tricolor passe pelo Novorizontino neste domingo (17).