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Casos de raiva preocupam autoridades sanitárias e de saúde

02/08/19 às 09:12 - Escrito por Redação Tarobá News
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O município de Ampere está em alerta. Ontem a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) confirmou mais sete casos de raiva animal no município. Ao todo são oito exames com resultado positivo. O primeiro foi registrado na comunidade de São João, dia 24 de julho. Após os sinais clínicos, o material (cérebro dos animais mortos) foi encaminhado para exames em Curitiba. A raiva é geralmente transmitida pela mordedura de morcegos hematófagos, que atuam como portadores, reservatórios e transmissores do vírus.

A médica veterinária Luiza Coutinho, da Adapar de Realeza, informa que um segundo exame será realizado, é a prova biológica (inoculação em camundongos por um mês), mesmo nas amostras que deram negativas. As comunidades afetadas são Linha São Paulo, Bom Princípio, Santa Luzia, Água Doce e Scariot. Segundo a veterinária, o foco de atuação da equipe será num raio de 12 quilômetros de onde ocorreram os casos. Todos os animais bovinos, equinos, caprinos e ovinos serão vacinados. “Equipes estão a campo percorrendo as propriedades e orientando os produtores rurais para que ao perceberem os sintomas nos animais entrem em contato imediatamente”, diz.

Ela afirma que há morcegos hematófagos doentes na região e, por isso, também está sendo feito um trabalho de controle da população. Os agricultores, da mesma forma, ao perceberem a presença de morcegos em suas propriedades devem comunicar os fiscais da Adapar. O vírus da raiva encontra-se na saliva do morcego e é necessário que a saliva tenha contato com a ferida, pois o vírus não atravessa a pele íntegra. Portanto, a transmissão aos mamíferos ocorre através da mordida desses morcegos.

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Após a contaminação, o vírus desloca-se para o sistema nervoso e o curso da doença leva em média dez dias. O período de incubação da enfermidade varia de três a 15 semanas. Uma das formas de fazer o controle de população é quando os morcegos são capturados, os técnicos passam uma pasta vampiricida no dorso deles, soltando-os para que voltem a sua colônia e façam com que outros morcegos também entrem em contato com ela. A pasta já foi aplicada em dois morcegos no município de Ampere.

Sintomas nos animais
Bovinos, equinos, caprinos, suínos e ovinos apresentam uma nítida mudança de hábito quando contaminados. Os sintomas evoluem para perda da consciência, mugido rouco, aumento do volume e presença de espuma na saliva, midríase, fezes secas e escuras, andar cambaleante, paralisia dos membros posteriores, e evolução para a paralisia dos anteriores. Luísa salienta que não é incomum os produtores acharem que o animal está engasgado, em virtude de salivar muito, e colocarem as mãos para tentar desengasgar os bichos. Ao entrar em contato com saliva de animal contaminado, os humanos também correm o risco de contrair a doença.

“O vírus não penetra na pele íntegra, mas os agricultores normalmente, em função de sua atividade laboral, podem apresentar pequenos cortes e ferimentos nas mãos, facilitando a contaminação.”

As equipes da Adapar estão investigando se nos últimos 12 meses mais casos ocorreram e não foram notificados. Uma reunião será feita hoje, às 14h, na comunidade de São João para orientar os moradores.


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