A Secretaria de Saúde abriu uma investigação interna para descobrir o que aconteceu na ocasião da morte de Nicolas - o rapaz, de 22 anos, que morreu na noite dessa segunda-feira (23) na Unidade de Pronto Atendimento.

Essa é a segunda morte registrada na UPA em pouco mais de um mês.

Boa parte dos pacientes entrevistados pela nossa equipe de reportagens, relatam atendimentos rápidos e pontuais, sem demora excessiva. Eles contam que a espera demora pouco menos de uma hora.

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“Foi rápido. Eu não posso falar que demorou, porque não demorou” relata dona Zenaide.

Ela conta que chegou, foi atendida e, em pouco mais de meia hora, estava medicada e liberada.

Francisco também saiu aliviado e sem dor. Com problemas no ciático, conta que foi atendido em menos de 1 hora.

No entanto, há quem reclame da demora e da falta de informações.

Fabiana conta que a mãe dela, dona Maria Aparecida, já tinha ido às 5h. Pediram para que ela retornasse antes das 11h, pegar o resultado de exames, até então, mais nada.  

De acordo com a escala, são sete médicos de plantão das 7h às 13h e outros sete até às 19h. Situação bem diferente da que foi registrada na última segunda (23).

Segundo Felippe Machado, secretário de Saúde, uma dificuldade, no início da manhã, com um dos médicos, acumulou as funções:

“Isso - somado a algumas urgências fora do normal (...) - acabou elevando o tempo de espera para 5h40. Conseguimos um médico a mais e, por volta das 21h30, nós tínhamos normalizado o atendimento”.

A UPA estava superlotada. Pacientes relataram que o tempo de espera chegava a 6 horas.

Demora que gerou muita reclamação.

Muitos pacientes passaram mal enquanto aguardavam atendimento. Outros, entraram carregados.

A situação se agravou após a morte de um jovem de 22 anos na sala de emergência. Parentes estavam revoltados.

A Guarda Municipal precisou ser chamada.

A Secretaria de Saúde abriu uma investigação interna para descobrir o que aconteceu.

Felippe Machado ressalta que “com a informação da comissão, nós vamos direcionar tudo para a corregedoria do município - o órgão responsável por avaliar se houve ou não houve algum equívoco na condução desse atendimento”.

Essa é a segunda morte registrada na unidade em pouco mais de um mês. No dia 11 de setembro, uma paciente de 60 anos passou mal e foi encontrada já sem vida num dos banheiros.