A Secretaria de Saúde de Londrina encaminhou um ofício, na última terça-feira (12), à Associação Médica de Londrina (AML) pedindo ajuda dos médicos pediatras associados a respeito do momento emergencial em que se encontra o PAI – Pronto Atendimento Infantil. A unidade enfrenta uma situação crítica de superlotação desde o início do mês e a prefeitura está com dificuldade na contratação de pediatras para suprir a demanda.
A associação está encaminhando o ofício aos associados, com o apelo da Saúde para que pediatras possam ajudar a compor a escala de plantão do PAI de forma temporária. No texto, o secretário de Saúde, Felippe Machado, reforça que a carência de profissionais está impactando enormemente nos serviços de saúde independentemente de serem privados, filantrópicos ou públicos.
“Nos cabe, respeitosamente fazer este apelo a vossa senhoria, que de forma emergencial e temporária, possa contribuir a dispor de 06 horas que seja de seu dia para compor as nossas escalas de plantões nos próximos dias no PAI”, diz o ofício.
Leia mais:
Paraná decreta situação de emergência em saúde pública para dengue
Regional de Londrina é líder em casos de dengue no Paraná, segundo boletim
Saúde disponibiliza novas doses da vacina bivalente para grupos prioritários
Criança terá que esperar por consulta com cardiopediatra até março de 2024
Ainda de acordo com o Machado, a carga horária seria remunerada por meio de credenciamento de pessoa jurídica.
Na terça-feira (12), Machado participou de uma sessão da Câmara de Londrina para falar sobre a situação dos atendimentos do PAI. Segundo ele, a demora por atendimentos na unidade dobrou em abril com relação aos primeiros meses do ano, com espera, em média, de quatro horas e oito minutos pela consulta.
Para solucionar o problema, provocado pela falta de interesse de pediatras pelo serviço público, a Secretaria de Saúde pretende lançar, em aproximadamente 30 dias, processo licitatório para contratar horas extras de médicos pediatras, a partir de empresas terceirizadas que possam fornecer os profissionais. Outra medida imediata será integrar à rede, de forma temporária e emergencial, uma equipe de médicos residentes em Medicina de Saúde e Comunidade.