A viagem de Luis Carlos Cruz para Curitiba na semana passada, para o jogo decisivo do Cascavel contra o Coxa, rendeu inúmeros benefícios para o treinador. O primeiro deles, claro, foi a vaga nas semifinais do Campeonato Paranaense. O time irá enfrentar o Operário de Ponta Grossa em dois jogos na busca por uma vaga na grande final do Estadual.

Antes do jogo do último sábado, o elenco do Cascavel fez um treinamento no CT do Athletico-PR. E, por lá, Cruz encontrou um velho amigo: Luiz Felipe Scolari, ex-técnico da Seleção Brasileira e do Furacão. Hoje, Felipão exerce a função de coordenador de futebol do Athletico. Inclusive, o atual técnico rubro-negro, Paulo Turra, é discípulo de Scolari.

Felipão dirigiu a Seleção Brasileira em dois períodos. Ele tem a pecha da derrota por 7 a 1 para a Alemanha na Copa de 2014, no Brasil. Mas Luis Carlos Cruz prefere enfatizar os feitos do amigo. “O Felipão é o técnico do nosso último título mundial, em 2002. Ele disputou três Copas do Mundo e chegou três vezes nas semifinais com um título”, disse Cruz, lembrando que Felipão também foi técnico de Portugal, em 2006.

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Na semana passada, Cruz e seus auxiliares foram recebidos pelo próprio Felipão. Claro que o assunto foi o duelo das quartas de final do Cascavel contra o Coritiba, que ocorreu no sábado. Os dois treinadores discutiram as formas de segurar o Coxa o que, de fato, ocorreu. O empate em 0 a 0 colocou o Cascavel nas semifinais pela terceira vez na história. Cruz confidenciou que, depois de confirmar a classificação, uma das primeiras ligações que recebeu foi do próprio Scolari.

Mas nessa conversa de amigos, um dos assuntos foi Seleção Brasileira que ainda está sem técnico depois da saída de Tite. Luis Carlos Cruz sugeriu para Felipão para voltar à Seleção. Não como técnico, mas como coordenador. “Eu disse para o Felipão que, assim, ele indica novo técnico”, confidenciou Cruz.

Mas isso não deve acontecer. Felipão está bem no Furacão e não vai atender a sugestão do amigo. Mas Cruz deu um pitaco de quem deveria ser o novo técnico da Seleção. Para ele, o posto deveria ser ocupado pelo também amigo Dorival Júnior, ex-técnico do Flamengo. “Primeiro nome, e eu até disse a ele pessoalmente, eu diria que deveria ser o Cléber Xavier, até por ser o auxiliar do Tite. E quando a Seleção Sub-20 ganha o Sul-Americano depois de 12 anos. O presidente da CBF, Ednaldo [Rodrigues] teve a ideia de colocar o Ramon. Ou seja, a Seleção caiu no colo do Ramon. Ele, humildemente, disse que não está preparado para a Seleção e espera que venha alguém. Mas vai dar a sua contribuição nesse processo de transição. Eu acredito que o Ednaldo está esperando alguém que ele vai indicar. Já que não foi o Cleber, nós teríamos um grande nome, não porque é meu amigo, mas porque é merecedor até porque pelo que fizeram com ele no Flamengo: chama-se Dorival Júnior. Ele deveria ser o técnico da Seleção Brasileira. Está preparado e está capacitado. Eu não tenho dúvida de que os jogadores aceitariam muito bem a chegada do Dorival Júnior e da comissão dele na Seleção Brasileira”, disse Luis Carlos Cruz.