A primeira emenda foi apresentada nesta terça-feira (2) ao projeto de lei que tenta liberar o comércio para funcionar 24 horas em Londrina.
A Comissão de Desenvolvimento Econômico e Agronegócio da Câmara propôs que o horário de funcionamento seja de segunda à sexta-feira, das 9h às 22h, aos sábados das 9h às 13h, com possibilidade de abertura das 9h às 22h, no primeiro e segundo sábados depois do quinto dia útil.
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Durante a sessão, à convite da vereadora Sônia Gimenez, representantes do Sindecolon, sindicato que representa os trabalhadores do comércio, foram à tribuna e se posicionaram contra a extensão do horário.
“Assim, o cidadão vai pode chegar no empregado e falar 'vem trabalhar amanhã e se você não quiser, vem domingo, se não quiser vem segunda'. Isso não vai dar certo. Onde se viu flexibilizar 24h? Tem gente que defende a tese porque diz que o empregado vai se quiser. Essas pessoas não conhecem a realidade”, disse Manoel Teodoro da Silva, presidente do Sindecolon.
A vereadora Jessicão, autora do projeto, rebateu o posicionamento do sindicato dos trabalhadores. “A ideia é flexibilizar e dar mais abertura à economia, mais empregos para a cidade. Infelizmente tivemos umas falas contrárias porque entendem que o projeto vai escravizar as pessoas, mas não é isso”, apontou.
Para o Sincoval, sindicato que representa os empresários do comércio, a permissão seria um avanço, porém uma alteração no código de posturas do município precisaria ser discutida com cautela.
“Essa polêmica da jornada de trabalho precisa ser melhor debatida e esclarecida para que possamos dar o devido atendimento aos trabalhadores e também aos empresários. Se for pertinente poder fazer dois ou três turnos, quem sabe, vai depender da necessidade daquele empresário em poder empreender”, afirmou Ovahnes Gava, presidente do Sincoval.
Após se esgotar o prazo para as emendas, o projeto segue para a primeira votação na Câmara. Se for aprovado, um novo prazo será aberto para novas emendas e em seguida, o projeto vai para o segundo turno.