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4 exemplos práticos de que a filosofia serve para a vida cotidiana

19/10/18 às 11:41 - Escrito por Redação Tarobá News
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A disciplina de filosofia deixou de ser considerada uma "área prioritária" e tem sido questionada por sua natureza pouco prática. Mas, como lembrava a filósofa Marina Garcés, "a filosofia não é útil ou inútil. É necessária". Trata-se de uma "linguagem fundamental" para aprender a pensar de forma crítica.

De qualquer forma, neste momento haverá leitores dizendo algo como: "Ok, tudo bem. A filosofia é bonita. Pode ser um hobby, como jogar xadrez ou fazer palavras cruzadas. Mas não se traduz em nada que possa me servir. Nunca me verei na situação de duvidar se o mundo existe, como Descartes".

Mas a reflexão e a análise de questões fundamentais têm muito mais consequências práticas do que parece. A filosofia não só nos ajuda a ver o mundo de maneira diferente, mas também pode mudar a forma como interagimos com ele. De como podemos ajudar os outros até como enfrentar a morte, ou se devemos tuitar com raiva. O pensamento crítico e as ferramentas que a filosofia nos proporciona nos ajudam a tomar decisões conscientes.

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1. Como posso ajudar mais pessoas?

Suponhamos que você queira doar 10 reais para uma ONG. Qual deveria escolher? Uma sobre a qual já ouviu falar? Alguma que esteja trabalhando em catástrofes? Ou talvez outra que atue em sua cidade?

Os filósofos que defendem a corrente do "altruísmo eficaz" acreditam que as doações, por menores que sejam, podem ajudar muito mais do que imaginamos. Em entrevista ao EL PAÍS, o filósofo australiano Peter Singer destacou que pessoas de países em situação de extrema pobreza "vivem com menos de 700 dólares (cerca de 2.600 reais) por ano e, muitas vezes, não têm acesso à água potável, saneamento básico e educação para seus filhos". Ou seja, esses 10 reais podem valer muito mais em um desses países com uma situação econômica pior.

Além disso, nem todas as iniciativas funcionam da mesma maneira. Em seu livro Doing Good Better (fazendo o bem melhor), o filósofo William MacAskill, da Universidade de Oxford, nos aconselha a fazer perguntas como as seguintes: estamos ajudando uma área que está esquecida e, portanto, carente de recursos? Ou doamos quando ocorre uma catástrofe e, portanto, já existem muitas pessoas dando uma mãozinha?

MacAskill também defende levar em consideração se há provas do alcance das ações da ONG. Por exemplo, e embora pareça paradoxal, os programas de eliminação de vermes intestinais são mais úteis para reduzir o absenteísmo escolar no Quênia do que comprar livros didáticos.

Muito trabalho para 10 reais? Sim, é. Mas existem organizações que fornecem essas informações, como a Give Well, que analisa o impacto das ONGs recomendadas, e a The Life You Can Change, do próprio Singer, que inclui até uma calculadora que permite saber como cada doação será usada.

Leia a reportagem completa em El País Brasil

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