O novo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, nomeou seu irmão para um cargo no governo. Jo Johnson, de 47 anos, assumiu nesta terça-feira, 30, o cargo de secretário de Estado da Economia, Energia e Indústria durante o mandato de seu irmão mais velho. A decisão de nomear o irmão foi criticada por jornais britânicos e também por parlamentares de oposição.
Não é a primeira passagem de Jo Johnson por gabinetes ministeriais. Em 2013, ele foi nomeado para o cargo de Secretário das Universidades e Ciência pelo ex-premiê David Cameron, e em 2018, na gestão Theresa May, foi Secretário dos Transportes.
Apesar da experiência, Jo Johnson foi criticado por ter mudado de ideia diversas vezes sobre o Brexit ao longo dos últimos três anos. Primeiro, ele foi contrário à saída do Reino Unido da União Europeia. Depois, em 2018, se posicionou contra uma saída dura, sem acordo, da UE. Agora, ele se juntou ao gabinete de ministros do irmão - que já declarou ser favorável a uma saída sem acordo do Reino Unido.
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Além de nomear o próprio irmão como ministro, Boris Johnson exonerou 11 membros do governo anterior. Suas vagas foram preenchidas por políticos conservadores e "eurocéticos" - que não confiam na União Europeia.
Os jornais ingleses repercutiram negativamente as escolhas de Johnson. O The Times afirmou que as mudanças são "o mais brutal purgatório do governo na história política moderna". Enquanto isso, o Daily Telegraph chamou a reformulação do governo de "massacre político". Por fim, o The Guardian disse que as mudanças simbolizam uma "limpeza histórica".
O Financial Times considera que Boris Johnson "rasgou" o executivo anterior e colocou no seu lugar uma formação "hardcore" de 'brexiteers', o nome dado aos defensores da saída do Reino Unido da União Europeia (UE).