A greve de 48 horas convocada por membros da oposição ao governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, começou nesta quarta-feira, com manifestantes bloqueando as principais vias da capital Caracas. O protesto promete ser um dos maiores no país até agora e acontece 4 dias antes das eleições para a Assembleia Constituinte promovida pelo governo de Maduro.
De acordo com o jornal El Universal, no sudeste de Caracas havia pouca gente nas ruas por volta do meio-dia. Na Rodovia Prados del Este, manifestantes fizeram barricadas para impedir a passagem de veículos. O cenário é diferente no litoral, onde a greve parece não ter surtido efeito.
Uma das centrais sindicais do país, a Confederación de Trabajadores de Venezuela (CTV) estima que a greve tenha sido cumprida em mais de 70%, e a tendência seria de crescimento, conforme divulgou o jornal Descifrado.
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Por outro lado, o metrô de Caracas minimiza o impacto da greve e diz que está operando normalmente, com 100% do efetivo. Foram registrados tumultos em algumas estações e furto de cabos de fibra ótica. Pelo Twitter, Maduro reproduz imagens que mostram os serviços de transporte público normalizados, com grande fluxo de pessoas.
Mais tarde nesta quarta-feira, apoiadores de Maduro se concentrarão na avenida Bolívar, em Caracas, para finalizar a campanha pela constituinte. (Flavia Alemi - [email protected])